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As polícias Federal e Militar apreenderam 111 kg de ouro e um avião monomotor no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, na noite de segunda-feira (10). Segundo a PF, a carga foi avaliada em R$ 18 milhões. O delegado da Polícia Federal, Bruno Gama disse que a aeronave saiu de Mato Grosso e o piloto negou conhecimento sobre o transporte do minério.
Um passageiro foi preso, apontado como o dono da carga de ouro. Ele se manteve em silêncio durante o interrogatório.
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“Ele apenas falou que estava transportando ouro, mas que ia ficar em silêncio e que só ia falar em juízo”, disse o delegado.
O passageiro, que não teve o nome divulgado, foi preso e autuado em flagrante por crime ambiental, porque não portava as autorizações necessárias para ter e transportar esse material, e por usurpação de bem da União. De acordo com a assessoria da PF, o preso apresentou um advogado, mas o nome do profissional não foi informado.
“No momento da abordagem, tanto o piloto quanto o passageiro informaram que estavam vindo de uma fazenda de gado e que não estavam transportando nada ilegal, que não tinha nem ouro ou droga na aeronave”, disse o delegado.
Mas, mesmo com as respostas dadas pelos dois homens, a PF, com apoio da Polícia Militar, iniciou uma busca na aeronave.
RepórterMT/PF
Os 111 kg de ouro apreendidos pelas polícias Federal e Militar em avião monomotor no aeroporto de Goiânia.
“Então, diante da divergência entre a denúncia e as alegações dos ocupantes da aeronave, foi feita uma fiscalização, quando foi encontrada no compartimento oculto dos bancos traseiros da aeronave a grande quantidade de ouro”, comentou Bruno.
A PF informou que o piloto foi ouvido e liberado, já que inicialmente não há comprovação de que ele sabia do transporte ilegal da carga.
“Inicialmente, o piloto informou que não tinha conhecimento de transporte algum de ouro. Ele disse que foi chamado para fazer o transporte para uma fazenda de um maquinário agrícola, e só sabia disso. Ele informou que o voo dele saiu de Goiânia com destino ao Pará e depois Mato Grosso, retornando para Goiânia”, afirmou Bruno.
Após a localização do ouro, o passageiro da aeronave apresentou notas que não eram condizentes com a carga, informou a PF.
“Passamos então a indagar o ocupante da aeronave, só que ele disse que o ouro seria de uma empresa. Na conversa, ele apresenta umas notas, mas não tem a de origem do ouro, de onde ele realmente foi extraído. A nota de transporte que ele apresentou está em quantidade divergente do que foi constatado”, relatou o delegado.
Ainda segundo a polícia, só uma investigação aprofundada vai apontar de fato a origem do ouro e se o homem que foi preso é realmente o proprietário.
“[Precisamos saber] Se está documentado, se foi extraído de uma lavra legal, mas ainda é muito inicial as investigações”, completou Bruno.