DA REDAÇÃO
O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma auditoria econômica-financeira com o intuito de apontar furos na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa.
No acordo, Silval confessou ter subtraído dos cofres públicos o valor de R$ 1,158 bilhão, porém, o acordo só exigiu a devolução de R$ 70 milhões.
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Conforme relatório, encaminhado pela defesa de Maggi, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o delator se perderam em números. Há uma diferença nos valores confessados e do acordo de restituição. Além disso, R$ 46 milhões entregues pelo ex-governador. A avaliação dos bens, segundo o advogado do ex-ministro, foi feita pelo próprio Silval.
“Não existe laudo oficial de avaliação sobre o valor do patrimônio recebido pela Procuradoria-Geral da República”, afirma a defesa. Segundo o documento, não existe indícios de investigação patrimonial de Silval, para avaliar a real situação econômica do mesmo.
Das falhas apresentadas, uma delas é de que o ex-governador assumiu ser chefe da maior organização criminosa que já existiu em Mato Grosso, tornando impossível acreditar em sua palavra.
Maggi solicitou que a delação premiada seja enviada para o Tribunal de Contas da União para que seja instaurada uma auditoria técnica sobre os valores mencionados, com parecer legal.
A PGR ainda deve se manifestar ao pedido de informações sobre a investigação patrimonial, em que é abordado Silval, familiares e seus ‘laranjas’.
Blairo Maggi é citado na colaboração premiada do ex-governador e segue investigado em dois casos, sendo o de número 1 e 7, no Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram a tentativa de obstrução de justiça do ex-ministro e crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e crimes contra a ordem tributária por parte de Barbosa, Maggi e o ex-gerente do Bic Banco, José Bezerra Menezes.
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