MARIA JULIA SOUZA
DA REDAÇÃO
A administração do Hospital Filantrópico Santa Casa de Misericórdia finalizou o relatório, com levantamento de dados da atual situação da unidade. A apuração constatou dívida de R$ 118 milhões, com fornecedores, instituições bancárias e salários atrasados.
Com os dados foi feito um plano emergencial, exigência do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que haja repasse do Governo Federal para auxiliar na regularização do hospital.
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Ao 
, o diretor-administrativo da Santa Casa, Daniel Pereira afirmou que não há como sanar as dívidas sem a ajuda do Poder Público. “Uma repactuação da dívida está em andamento. A intenção é reduzir o valor do débito em 50%”, contou Pereira.
Segundo o diretor-administrativo, em um primeiro contato os fornecedores têm se mostrado dispostos em negociar com a Santa Casa.
Os atendimentos estão suspensos há um mês. Apesar da intenção da Prefeitura e da Assembleia Legislativa de realizar repasse, para regularização dos salários dos funcionários, o Ministério Público Estadual (MPE) barrou pela forma como o procedimento foi apresentado.
Para Daniel, apesar dos esforços de resolver o problema é esperada uma intervenção por parte dos poderes.
“O repasse do Governo Federal é uma medida em médio prazo, para três a quatro meses. A situação é urgente e precisa ser resolvida agora, apesar das tentativas é esperada a intervenção”, explicou Pereira.
Os dados apontam que a maior parte do passivo diz respeito a dívidas com bancos, no valor de R$ 38,6 milhões.
Já folha de pagamento, que inclui salários e 13º dos funcionários, o déficit é de R$ 10,9 milhões.
O documento foi enviado ao Tribunal Contas do Estado, Assembleia Legislativa, Governo de Mato Grosso e Prefeitura de Cuiabá, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e Câmara de Cuiabá.
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