MARIA JULIA SOUZA
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) solicitou que a Justiça conceda a guarda da bebê indígena A.K.T. (que foi enterrada viva durante seis horas logo após o parto) , ao pai dela, Kayani Trumai Aweti.
A menina foi enterrada viva pela bisavó materna logo após o nascimento, em maio de 2018, no município de Canarana (a 838 km de Cuiabá).
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O pedido é para que haja adequação da concessão da guarda da menor ao pai biológico.
A menina, que hoje está com 10 meses, vive na Casa de Saúde do Índio (Casaí), em Canarana, responsável pela tutela dela. Lá ela realiza exames médicos rotineiros. A Casaí deve informar se há viabilidade da menor continuar recebendo atendimento médico na instituição, mesmo vivendo com o pai, que mora em outro município. A guarda só será cedida ao pai se a resposta for positiva.
Quando recém-nascida, a menina ficou internada mais de um mês, no Hospital Santa Casa de Misericórida. Precisou respirar com a ajuda de aparelhos e se alimentar através de sonda. A bebê foi submetida a diálise peritoneal (espécie de filtragam de sangue, removendo execesso de água e toxinas do corpo).
Relembre o caso
Policiais receberam uma denúncia anônima de que uma indígena havia feito o parto de uma criança às 12h e enterrado o filho às 16h, em um terreno ao lado da casa. A criança nasceu e foi enterrada no dia 5 de julho de 2018.
A avó e mãe do bebê afirmaram que a menina recém-nascida foi enterrada por ter nascido morta.
Em nova conversa com a polícia, a avó do bebê confessou que a recém-nascida foi enterrada viva porque a mãe tinha apenas 15 anos e o pai da criança não iria assumir o filho, pois já estaria morando em outra aldeia com outra índia.
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