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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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09 de Agosto de 2018, 18h:00 - A | A

PODERES / CONFUSÃO NO JUDICIÁRIO

Perri e Maria Helena batem boca em julgamento de processo contra juiz

Os desembargadores Orlando Perri e Maria Helena Póvoas protagonizaram uma grande discussão durante análise do processo administrativo contra o juiz Flávio Miraglia. A sessão foi suspensa para apaziguar os ânimos.

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



O julgamento do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Flávio Miraglia Fernandes terminou em bate-boca protagonizado pelos desembargadores Orlando Perri e Maria Helena Póvoas, durante a sessão do Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), nesta quinta-feira (09).

Flávio Miraglia responde a processo por supostas irregularidades cometidas em ações de falência e pela má gestão da Vara de Falência e Recuperação Fiscal de Cuiabá.

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Em seu extenso voto, Orlando Perri se manifestou contra à aposentadoria complusória do juiz. Em seu parecer, ele citou que a desembargadora estava pontuando certas irregularidades contra o juiz que não constava nos autos do processo administrativo.

"A vossa excelência está julgando pelo ladrar dos cães das rua que habitam os becos e os esgostos. Eu não julgo pelo disse me disse, tem que ter provas", disse Perri.

"A vossa excelência está julgando pelo ladrar dos cães das rua que habitam os becos e os esgostos. Eu não julgo pelo disse me disse, tem que ter provas. Eu estou analisando item por item, estou trazendo uma decisão de vossa excelência que você não pode negar", disse aos gritos.

"A senhora tem provas de que esses honorários pagos foram indevidos, porque não os trouxe", questionou.

Maria Helena pediu para que Perri se acalmasse e disse que tudo que consta no processo é "nebuloso" em seguida disse que nunca tinha visto tanta "celeuma" na votação de um processo.

"Porque eu preciso colocar as coisas no seu devido carris, porque foram distorcidas aqui e vossa Excelência está distorcendo, está levandando questões que não estão no processo", acrescentou Orlando Perri.

"O senhor, por favor, faça defesa do juiz, mas não me ataque. O senhor fica absolutamente embebecido quando o assunto é Flávio Miraglia", provocou a desembargadora.

"Já que no início de vossa fala, vossa excelência disse que estávamos votando de forma equivocada, eu e mais 15. Eu sugiro que este Pleno remeta ao CNJ para disser quem é que está com a razão", rebateu Maria Helena.

Logo após, o desembargador pediu para que Maria Helena não proferisse conversas fiadas, o que estendeu mais a discussão.

"Não se preocupe não desembargadora. Esses atos certamente irão para o CNJ. Vamos seguir o rito natural, não venha de conversa fiada comigo, não".

"Eu não sou de conversinha fiada. O senhor, por favor, faça defesa do juiz, mas não me ataque. O senhor fica absolutamente embebecido quando o assunto é Flávio Miraglia", provocou a desembargadora.

"Negativo, já disse e repito não tenho relação com o doutor Flávio Miraglia, mas também não tenho o ódio figadal que a senhora tem demostrado ter", respondeu Perri.

O presidente do TJ, desembargador Rui Ramos suspendeu a sessão por dez minutos para tentar apaziguar os ânimos no plenário.

No retorno, Perri lamentou o fato e pediu desculpas à desembargadora. O processo foi adiado após pedido de vistas do desembargador José Zuquim Nogueira.

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