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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
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11 de Julho de 2017, 08h:54 - A | A

POLÍCIA / ARAPONGAGEM

Coronel entrega relatório preliminar dos ‘grampos’ e pede proteção

O presidente do Inquérito Policial Militar que investiga as escutas telefônicas clandestinas, operadas pela PM, coronel Jorge Catarino, negou ter recebido ameaças, mas considerou essencial garantir a própria segurança, uma vez estar investigando colegas.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O presidente do Inquérito Policial Militar que investiga as escutas telefônicas clandestinas, operadas pela PM, coronel Jorge Catarino, entregou na segunda-feira (10) o relatório preliminar da apuração ao desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri. No documento, o oficial pede proteção a ele e sua família por “precaução”.

Jorge Catarino negou ter recebido ameaças, mas considerou essencial garantir a própria segurança, uma vez estar investigando colegas de corporação. Seis policiais já foram presos pelo esquema chamado “barriga de aluguel”, os coronéis Evandro Lesco, Zaqueu Barbosa e Ronelson Barros, o tenente-coronel Januário Batista e os cabos Gerson Luiz Ferreira e Euclides Torezan.

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“É bom, uma questão de precaução, mesmo”, afirmou o coronel.

No relatório preliminar, Catarino aponta a necessidade de mais diligências e pediu a prorrogação do inquérito. Porém, cabe a Perri, relator da investigação, acatar ou não o pedido.

“É bom, uma questão de precaução, mesmo”, afirmou o coronel.

“Existe a necessidade de ouvir mais pessoas, pois a cada depoimento novos fatos vêm à tona. Temos diligências a serem cumpridas, mas será o desembargador que definirá se são, de fato, necessárias”, comentou o presidente do inquérito.

Catarino foi nomeado pelo governador Pedro Taques (PSDB) para presidir as investigações das interceptações telefônicas ilegais, no âmbito da PM, em maio. O inquérito tinha prazo inicial de 20 dias e já foi prorrogado pelo mesmo período no início de junho.

O sistema de “barriga de aluguel” usou uma investigação que apontava suposto esquema de tráfico de drogas internacional, com participação de policiais militares, como argumento para 'grampear' linhas telefônicas apresentadas como sendo de pessoas ligadas à rede criminosa, mas contendo entre os números, contatos de políticos, advogados, agentes públicos e jornalistas.

A denúncia foi feita pelo promotor Mauro Zaque, que declarou que o monitoramento clandestino ocorreu entre outubro de 2014 a agosto de 2015.

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