CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Moradores de Campo Novo do Parecis (390 Km a Noroeste de Cuiabá) enfrentam há três dias uma enchente causada pela forte chuva que ocorre no município desde a última quinta-feira (9).
Neste sábado (11), a cidade amanheceu novamente debaixo de uma chuva que atingiu mais de 130 milímetros, desde a madrugada e deixou as casas alagadas com água em cerca de 70 centímetros de altura.
Em todos os bairros foram registrados pontos de alagamentos, mas o mais afetado é o Jardim das Palmeiras, que possui cerca de 6 mil moradores que estão com suas casas inundadas, colocando a perder móveis e eletrodomésticos.
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Neste sábado (11), a cidade amanheceu novamente debaixo de uma chuva que atingiu mais de 130 milímetros, desde a madrugada e deixou as casas alagadas com água em cerca de 70 centímetros de altura.
Nas últimas 24 horas, foram registrados mais de 300 milímetros de chuva, de acordo com a Defesa Civil estadual, que enviou o sargento Vagner Soares, gerente de Articulação e Comando para dar apoio às autoridades locais no levantamento do que é preciso no momento.
O primeiro tipo de ajuda que a população precisa é a humanitária, ou seja, apenas itens de necessidade básica, como colchões, água potável, filtro, alimentos, o que deve chegar na cidade nesta domingo (12). Depois, a Prefeitura deve elaborar relatórios apontando quais foram os estragos e os prejuízos em valores para que sejam decretadas medidas cabíveis, como estado de calamidade para que recursos sejam liberados.
Na quinta-feira (9), os moradores do bairro já sofreram com efeitos de uma forte chuva que caiu durante mais de três horas seguidas, inundando casas e ruas.
De acordo com a imprensa local, as principais avenidas do bairro Jardim das Palmeiras – Ceará e Minas Gerais – se transformaram em rios, com água barrenta correndo e arrastando lixo, pedras, pedaços de madeira. Quando veículos passavam pelo local, enormes ondas se formavam em direção às casas.
Ainda segundo a imprensa local, o problema com alagamentos não era registrado há alguns anos no município. No entanto, a construção de asfalto e galerias de águas pluviais, realizada às pressas na gestão passada, acabou piorando a situação, uma vez que a água passou a escorrer com maior intensidade e velocidade, não sendo absorvida pelo solo.
Na sexta-feira (10), o prefeito Rafael Machado, o vice-prefeito Dhemis Rezende e o secretário municipal de Infraestrutura Marcelo Burgel estiveram no bairro. O prefeito disse à Rede TV local que durante sua campanha eleitoral, no ano passado, passou pelo bairro e acompanhou as obras.
“Nós já prevíamos que a situação seria calamitosa. Agora, não previa tamanho desastre que ficaria”.
Para o secretário municipal de Infraestrutura, o alagamento é “um atestado de incapacidade tanto do projeto quanto da execução” da obra, que custou cerca de R$ 16 milhões e que terá de ser refeita pela atual Administração municipal.
Assista ao vídeo que mostra principais pontos alagados:
