KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) lotados em Cuiabá iniciaram uma greve geral por tempo indeterminado nesta segunda-feira (01), após 120 dias de paralisação parcial e tentativas de diálogo com a direção do órgão, mas sem avanço.
O prédio do Incra está em reforma há dois anos e o ambiente é de entulhos, fiação solta, material de construção.
Os mais de 220 servidores não reivindicam aumento salarial, mas condições de trabalho. O prédio do Incra está em reforma há dois anos e o ambiente é de entulhos, fiação solta, material de construção.
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“Duas empresas já começaram e pararam a reforma e nesse tempo todo a gente está exposto a este ambiente insalubre”, reclama a agrônoma Mariana Santos, do comando de greve, representante do Sindicato dos Peritos Federais do Incra.
O Sindicato, junto com a Associação dos Servidores do Incra, como engenheiros, antropólogos e economistas, por exemplo, estão organizando o movimento.
Outra reclamação é com relação à limpeza do órgão. A empresa contratada para prestar o serviço faliu, conforme a sindicalista, e não há contrato previsto para manutenção dos banheiros, gabinetes de trabalho e outros setores do prédio.
Não há contrato previsto para manutenção dos banheiros, gabinetes de trabalho e outros setores do prédio.
Segundo os grevistas, estas duas situações são ilustrativas para confirmar o sucateamento do órgão público federal que tem a função prioritária de regular a reforma agrária, manter o cadastro nacional de imóveis rurais e administrar as terras públicas da União.
Tanto é que o movimento grevista se chama SOS Incra.
As unidades avançadas do Incra no interior de Mato Grosso também fizeram a paralisação parcial de 120 dias e vão decidir, caso a caso, se aderem à greve já deflagrada na capital.
O falou com o superintendente do Incra, Salvador Solteiro, para saber se é possível atender às reivindicações dos grevistas.
"O erro dessa reforma foi que, ao fazer o projeto, já se deveria ter pensado na mudança dos servidores, mas isso não foi feito e agora pedi à União, por ofício, a indicação de um prédio federal, para trabalharmos nele", assegura o superintendente.
Ele admite que o ambiente é de transtorno e explica que duas empresas licitadas para tocar a reforma abandonaram a obra e não foi por falta de pagamento. "A segunda empresa, chegou a pedir revisão orçamentária e foi concedido o aditivo, mesmo assim, ela não finalizou o projeto", informa.
Solteiro afirma ter ligado para Brasília nesta segunda-feira, solicitando um arquiteto e dois engenheiros, um civil e um elétrico, para fazer uma avaliação do que já foi feito e o que falta fazer terminar a obra.
Mediante a greve, Solteiro afirma ter ligado para Brasília nesta segunda-feira, solicitando um arquiteto e dois engenheiros, um civil e um elétrico, para fazer uma avaliação do que já foi feito e o que falta fazer terminar a obra.
Quanto à limpeza, ele assegurou que será mantida e aberta uma licitação emergencial, para contratação de outra empresa do setor.
As partes terão uma reunião nesta segunda à tarde, na tentativa de evitar o prolongamento da paralisação.