CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
Pode chegar a R$ 2,4 milhões, o prejuízo nas lavouras de milho de Campo Novo do Parecis (a 397 km de Cuiabá), devido às fortes chuvas que têm atingido o município recentemente.
“A nossa conta ‘bruta’ foi feita de acordo com o custo médio de cada hectare de milho, em cima do total atingido pela chuva, mas esperamos não perder toda a produção, portanto o prejuízo deve ser inferior aos R$2,4 milhões”, declarou a presidente do Sindicato Rural.
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O cálculo parcial foi feito pelo Sindicato Rural do município que espera ter prejuízos inferiores a este montante.
A presidente do Sindicato Rural, Giovana Velke, falou ao que este valor foi calculado na “pior” das hipóteses de se perder toda a produção atingida pelas chuvas. Portanto os produtores esperam conseguir recuperar boa parte da colheita.
“A nossa conta ‘bruta’ foi feita de acordo com o custo médio de cada hectare de milho, em cima do total atingido pela chuva, mas esperamos não perder toda a produção, portanto o prejuízo deve ser inferior aos R$2,4 milhões”, declarou.
Giovana explicou ao que os prejuízos podem variar de acordo com cada lavoura.
“Eu, por exemplo, tive 200 hectares [da plantação de milho] atingidos pela chuva, mas vou precisar replantar apenas 30”, disse ela.
Divulgação
Um levantamento das perdas deve ser concluído até a próxima semana.
Até a próxima semana o sindicato terá em mãos o cálculo efetivo dos prejuízos de todas as lavouras de milho e também de soja da região.
“O custo da produção de soja é maior, porém os produtores já estavam na metade da colheita, por isso precisamos fechar o levantamento para saber o valor total dos prejuízos”, disse a presidente.
A torcida é para que a chuva dê uma trégua na região, pois este é o fator fundamental para garantir maior proveito na produção.
Monitoramento aéreo
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) iniciou na última terça-feira (14), o monitoramento das lavouras de Campo Novo do Parecis por meio de um Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant), da GeoSan.
O equipamento conhecido como drone foi contratado pela Associação para sobrevoar as lavouras e principais rodovias da região.
A coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja, Roseli Giachini, explica que o Vant alcança até dois mil metros de altitude e as três câmeras permitem imagens com ótima precisão.
De acordo com o gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Thiago Moreira, em três dias choveu praticamente o total previsto para todo o mês de fevereiro.
“O volume acumulado entre os dias 9 a 14 de fevereiro foi de 253,4 milímetros, segundo a estação meteorológica do Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) de Campo Novo do Parecis, sendo que a média é de 275 milímetros para todo o mês de fevereiro, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)”, pontuou o gerente.
Moreira explica que os prejuízos vão além das plantações.
"Devido a esse volume, não houve escoamento dentro da cidade, fazendo com que houvesse alagamentos e alguns pontos na zona rural apresentaram erosão, além de prejuízos nas lavouras e em estradas vicinais”, explicou Moreira.
Os trabalhos de avaliação dos reflexos dessas chuvas devem ser concluídos até o final desta semana.