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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

31 de Julho de 2015, 17h:45 - A | A

GERAL / CENTRO ODONTOLÓGICO DO POVO

Perícia confirma que jovem morreu por infecção, após extrair dente em local inadequado

Delegado está finalizando inquérito do caso. Já ouviu familiares e agora vai intimar os dentistas envolvidos. CRO também apura a ocorrência.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



Laudo do exame de necropsia confirmou que a gerente de loja Jucilene de França, de 31 anos, que morreu cinco dias após extrair o dente siso, sofreu um choque séptico, causado pelo quadro infeccioso, desenvolvido a partir de uma intervenção realizada em condições inadequadas. A extração foi feita no Centro Odontológico do Povo, em Várzea Grande. 

O delegado já está na fase final das investigações. Já ouviu os familiares da vítima e vai intimar os dentistas envolvidos no caso para depor nos próximos dias.

O laudo, emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso, foi encaminhado ao delegada Eduardo Rizzotto, da 1ª Delegacia Municipal de Várzea Grande que conduz o inquérito do caso. O delegado já está na fase final das investigações. Já ouviu os familiares da vítima e vai intimar os dentistas envolvidos no caso para depor nos próximos dias.

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Jucilene foi ao COP para extrair um dente no dia 4 de julho, um sábado. Na segunda-feira, segundo familiares, voltou ao local já com muito desconforto, dor e rosto inchado. Segundo a família o dentista que a atendeu não associou o quadro clínico com a extração. Disse que a inflamação seria na glândula tireóide e a mandou para casa. 

Na segunda-feira, ela voltou ao COP já com muito desconforto, dor e rosto inchado. Segundo a família, o dentista que a atendeu não associou aquele quadro clínico com a extração.

Depois de ser dispensada, a vítima tentou atendimento em dois hospitais e só conseguiu internação na quarta-feira, 8 de julho. Passando mal, ela deu entrada na Santa Casa de Misericórdia, mas morreu no final da noite do mesmo dia. A família pensa em processar o COP.

 

O Conselho Regional de Odontologia (CRO) abriu sindicância para apurar a conduta dos profissionais.

O proprietário da clínica disse que nenhum profissional está totalmente isento de ocorrências como esta. Disse ainda que, inclusive os hospitais, procurados, devem ser responsabilizados pela morte de Jucilene.

Mediante a ameaça da família em processar a clínica, o proprietário da mesma, Fernando Helou disse ao , através da Assessoria de Comunicação, que está à disposição da Polícia e que nenhum profissional está totalmente isento de ocorrências como esta. Disse ainda que todos os envolvidos, inclusive os hospitais procurados, que não internaram a vítima, devem ser responsabilizados pela morte de Jucilene.

O resultado do laudo apenas confirma oficialmente o que já constava na certidão de óbito, mas pode complicar a situação da clínica em questão, já que dispensou a cliente, mesmo diante do quadro de choque séptico. 

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