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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

19 de Julho de 2018, 07h:00 - A | A

GERAL / DOUTOR BUMBUM

Mulher denunciou médico em maio; polícia 'ignorou' o caso

De acordo com o advogado criminalista Ary Bergher, que foi ouvido pela reportagem, se a polícia tivesse investigado a denúncia, a morte da cuiabana poderia ter sido evitada.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum” foi denunciado à delegacia de polícia 75 dias antes de fazer o procedimento estético que resultou na morte da bancária cuiabana Lilian Calixto, de 46 anos. As informações são do site Extra Online.

De acordo com o advogado criminalista Ary Bergher, que foi ouvido pela reportagem, se a polícia tivesse investigado a denúncia, a morte da cuiabana poderia ter sido evitada.

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O advogado detalhou que mesmo com informações robustas que poderiam indicar o crime, como, por exemplo, a denúncia, detalhes da negociação, valores combinados e já pagos, local em que o atendimento seria feito, além do nome de pessoas envolvidas, o caso foi ignorado pela 16ª Delegacia de Polícia Civil do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.  

Bergjher acrescenta ainda que uma simples consulta na internet com o nome do médico, que está foragido, mostraria que ele sequer tinha autorização do Conselho Regional de Medicina para exercer a profissão no Rio de Janeiro. Diversos vídeos publicados pelo "Doutor Bumbum" nas redes sociais também indicam procedimentos suspeitos.

A mulher – que não teve a identidade revelada – registrou um boletim de ocorrência relatando que pagou R$ 21 mil para fazer preenchimento dos glúteos com o médico.

Ela se surpreendeu ao saber que a intervenção plástica não seria realizada em uma clínica, mas sim no apartamento de Denis, na Barra da Tijuca.

A mulher então pediu o dinheiro de volta, mas o médico se negou a devolver. Dessa forma, ela registrou o boletim de ocorrência de forma imediata, no dia 1º de maio deste ano.

O caso acabou sendo arquivado pela polícia.

Morte de cuiabana

O corpo da bancária Lilian foi velado nesta terça-feira (17), na Capela Jardins, em Cuiabá e enterrado nesta quarta (18), no Cemitério Bom Jesus.

Ela passou pelo procedimento no sábado (14) e horas depois começou a se sentir mal.

Denis a levou para atendimento em um hospital. A bancária morreu após sofrer embolia pulmonar.

O médico está sendo acusado de negligência e homicídio doloso, por assumir risco de matar.

Ele, que continua foragido, teria cobrado R$ 20 mil para realizar o procedimento estético.

Conforme a delegada do Rio de Janeiro, Adriana Belém, Denis contou com a ajuda da mãe, que é médica e teve o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) cassado anteriormente, Maria de Fátima Furtado, além da empregada doméstica, Rosilane Pereira da Silva, de 24 anos, e da namorada e secretária, Renata Fernandes.

Rosilane e Renata foram indiciadas por homicídio qualificado e associação criminosa. 

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