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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

21 de Março de 2018, 15h:35 - A | A

GERAL / VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

Mãe denuncia médico por quebrar clavícula de bebê durante parto

Depois de insistir e reclamar de fortes dores, o médico começou a fazer toques mais agressivos e, em seguida, mandou encaminhar a mulher ao centro cirúrgico, mas não houve tempo para iniciar os procedimentos e a criança nasceu na maca.

CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO



A dona de casa Gracilene dos Santos Silva Guacasse, de 32 anos, denunciou a equipe médica do Hospital São Luiz, em Cáceres (217 km à Oeste de Cuiabá), por negligência médica e lesão corporal, após a filha dela ter a clavícula quebrada durante o parto, realizado no dia 12 de março. O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia Judiciária Civil (PJC) da cidade, no dia 19.

“Eu gritava de dor e falava pra ele que eu queria ter logo a criança, pois poderia ser parto normal, mas ele me deixou de lado, dizendo que era pra eu esperar porque eu teria parto cesárea. Eu gritando de dor, falando que a criança estava nascendo. Ele veio e fez o toque em mim com muita rispidez e brutalidade. Depois disse que ainda não era a hora e foi sentar no computador”, disse a mãe.

A mãe falou ao que no dia que sua filha nasceu, ela foi atendida primeiro por uma médica. Em seguida, um médico "grosseiro e que agiu com descaso" iniciou o parto. 

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“Eu gritava de dor e falava pra ele que eu queria ter logo a criança, pois poderia ser parto normal, mas ele me deixou de lado, dizendo que era pra eu esperar porque eu teria parto cesárea. Eu gritando de dor, falando que a criança estava nascendo. Ele veio e fez o toque em mim com muita rispidez e brutalidade. Depois disse que ainda não era a hora e foi sentar no computador”, disse a mãe.

Gracilene afirma que houve demora em encaminhá-la para a sala de cirurgia. Depois de insistir e reclamar de fortes dores, o médico começou a fazer toques mais agressivos e, em seguida, mandou encaminhar a mulher ao centro cirúrgico, mas não houve tempo para iniciar os procedimentos e a criança nasceu na maca.

“Assim que cheguei na sala, ele apertou minha barriga e mandou eu fazer força. A criança começou a nascer e o médico forçou ela para sair. Ela já estava nascendo, não precisava forçar daquele modo. Eu vi quando ele puxou ela com força" alega a mãe.

De acordo com Gracilene, a filha demorou cerca de 20 minutos para começar a chorar pela primeira vez e, depois, ficou chorando por aproximadamente 2 horas. 

Durante todo o tempo em que a criança esteve no hospital, ela chorava muito e os médicos diziam que era normal.

Já em casa, a mãe percebeu que a criança chorava bastante e não gostava de dormir virada para o lado direito.

“Assim que percebi isso, fui ao ao Pronto-Socorro, onde fizeram um Raio-X, que confirmou que minha filha tinha uma fratura na clavícula. Agora ela ficará imobilizada por uns 15 dias”, disse a mãe.

No dia 19 ela fez a denúncia, acompanhada de uma conselheira tutelar, e a PJC solicitou exame de corpo de delito.

A mãe afirma que procurou um advogado e vai processar o médico responsável pelo ferimento da filha.

Gracilene é mãe de outros 6 filhos.  

 

Outro lado

Por meio de nota, a assessoria do Hospital São Luiz de Cáceres diz que instaurou uma sindicância interna para apurar o caso e se dispõe a prestar os esclarecimentos que forem necessários às autoridades.

Leia a nota na íntegra

O Hospital São Luiz de Cáceres (MT) informa que foi instaurada uma sindicância interna para apuração do caso, bem como se colocou à disposição dos órgãos competentes para contribuir com as informações que se fizerem necessárias.

 

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