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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
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01 de Novembro de 2018, 10h:15 - A | A

GERAL / RISCO DE CONFLITO ARMADO

Juíza manda invasores desocuparem fazenda da família Riva em Colniza

Cerca de 200 pessoas estão ilegalmente nas terras que também são alvo de disputa judicial.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



A juíza Adriana Sant'anna Coningham, da Segunda Vara Cível Especializada em Direito Agrário, determinou a reintegração de posse da Fazenda Agropecuária Bauru (Magali), localizada em Colniza (1.065 km ao Norte de Cuiabá). A área é de propriedade da empresa Floresta Viva Exploração de Madeira e Terraplanagem, que tem como principal sócio o ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva.

Segundo a juíza, a propriedade da área por parte da empresa foi reconhecida anteriormente. A área foi comprada de Magali Pereira Leite e do espólio de Fozi José Jorge, tendo sido alvo de disputa judicial pela não conclusão dos pagamentos por parte de Riva.

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“Já o esbulho a data da sua ocorrência e a perda da posse, foram comprovadas mediante os Boletins de Ocorrências de n. 2018.336821 e n. 2018.337308, lavrados, respectivamente, em 28 e 29 de outubro, relativamente aos fatos ocorridos nestas datas, os quais consubstanciam os atos de esbulho na área objeto do conflito possessório com a consequente e efetiva perda da posse, bem assim, das notícias que circulam em diversos veículos de comunicação deste Estado, o que torna, mais do que possível, necessário o revigoramento da medida de reintegração, diante do potencial, senão iminente, conflito armado que pode vir a se instaurar na área em litígio”, escreveu a juíza.

“Não há dúvida de que a ausência de intervenção imediata do Estado pode ocasionar a morte de dezenas de pessoas”, disse o MPE.

O risco é de que seguranças armados enviados à fazenda pelos donos entrem em conflito com os invasores. A decisão é de quarta-feira (31).

Há dois meses, o Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Colniza, oficiou o Governo do Estado sobre risco de conflito armado por disputas de terras na região. Na segunda-feira (29), um grupo de aproximadamente 200 pessoas ocupou a Fazenda Agropecuária Bauru (Magali), que possui 46 mil alqueires.

O clima no local é de tensão já que 30 seguranças privados estão na região próxima à fazenda. Diante da situação, o MPE comunicou novamente as autoridades competentes reiterando providências.

“Não há dúvida de que a ausência de intervenção imediata do Estado pode ocasionar a morte de dezenas de pessoas”, afirmou o promotor de Justiça de Colniza em ofício encaminhado ao governador do Estado, com cópia integral da Notícia de Fato, solicitando adoção de providências para impedir o conflito armado.

De acordo com o MPE, a Fazenda Agropecuária Bauru (Magali) vem sofrendo invasões desde o ano 2000 e, após a reintegração de posse ocorrida em 2017, as ameaças se intensificaram até culminar com a invasão do grupo que tomou as terras à força.

“Embora oficiado ao governador do Estado, ao secretário de Segurança Pública, ao delegado de Polícia e ao comandante da Polícia Militar local, há informação de que na presente data (29/10/2018) houve a efetivação da invasão na propriedade rural por aproximadamente 200 pessoas, estando algumas delas na posse de arma de fogo”, ressalta o promotor de Justiça.

Segundo relato do gerente da fazenda não houve até o momento confronto armado, eis que a segurança privada recuou para evitar o conflito, diante da sua inferioridade numérica. Mas, a informação é que nas próximas horas a segurança da fazenda será reforçada com a chegada de mais de 30 homens.

A preocupação do MPE é que ocorra novamente uma tragédia na região, assim como a registrada em abril de 2017, quando 9 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados no Distrito de Taquaruçu do Norte.

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MARIA TAQUARA 01/11/2018

situação complicada por um lado temos políticos como o Eliseu Padilha, Gedel Lima, Picianni no RJ que investem dinheiro das atividades políticas na compra de áreas, fazendas e gados.... por outro temos a invasão de propriedades que realmente foram construídas pelo valor do trabalho dos proprietários Por fim, certo ou errado depende do contexto! tá tudo errado, desde o começo!

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1 comentários

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