KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
O palmeirense de Cuiabá enrolou na bandeira verde e branca, para acabar com o frio de 18 graus incomum na capital mato-grossense, e empurrou o porco até a vitória por 2x0 na disputa com a Ponte Preta, de Campinas.
O jogo, da 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, Série A, no final da tarde deste domingo, levou cerca de 15 mil torcedores à Arena Pantanal, 11.074 pagantes, quase todos em família na Arena Pantanal. Avanti Palestra!
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Para uma arena com capacidade para 42 mil pessoas, o público, como nas partidas anteriores, Vasco x Flamengo e Cruzeiro x Corinthians, foi pequeno. A combinação de frio com ingressos caríssimos afugentou os torcedores. O preço das entradas chegou a R$180.
Os dois gols – ambos assinados pelo atacante Dudu - saíram no primeiro tempo. No segundo tempo, o porco apenas segurou o placar, diante de um adversário, que, sem torcida, não ameaçou. A arquibancada do Ponte Preta estava vazia e inexpressiva.
Veja o delírio da torcida na hora em que Dudu marcou.
O engenheiro Marcio Anderson Luiz, de 38 anos, pintou o cabelo com spray verde para ir ao jogo, com a mulher e o filho. Sempre faz isso para incentivar o Palmeiras. “Na década de 90 o time estava em ascensão. Eu era criança e decidi por conta própria que ia ser palmeirense”, conta o engenheiro. Depois o time começou a declinar, mas a paixão virou amor. Segundo ele, torcida que tem tradição é assim. “Ganhando ou perdendo, está sempre lá”.
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O engenheiro Marcio pintou o cabelo de verde. É tradição!
O mecânico José Carlos, de 51 anos, avaliou que o porco jogou bem e valeu a pena passar o frio por ele. Nervoso, foi à disputa sozinho. “Meu pai que me levou para o Palmeiras. Na fase mais forte do time, de 93 e 94, era muito bom, a gente ganhava todas. Depois, o time deu uma decaída. Sobre a disputa na Arena Pantanal, ele avalia que a “Ponte Preta não jogou nada, ficando fácil para o alviverde”.
A torcida organizada do Palmeiras, Mancha Verde local, levou bandeiras e bexigas verde e brancas e se concentrou na arquibancada atrás do gol.
AS CRIANÇAS
Pamela, de 7 anos, estava ansiosa, minutos antes de entrar com o time do Palmeiras. “Já vim à Arena assistir o Flamengo e agora estou voltando de novo”, comentou com ao . Ao lado dela, a mãe, Geisy Mariana, 30, explica que a menina iria entrar em campo, para realizar um desejo do tio, apaixonado pelo time verde.
Já Renato Amorim, de 28 anos, conseguiu que o filho Miguel Henrique, de 8, entrasse com a Ponte. “Embora eu seja Palmeirense, tudo faz parte da festa, todos são atletas de respeito. Além disso, para meu filho isso é um incentivo ao esporte”, explicou o pai.
NAMORO NA TORCIDA
Frio não era problema para o estudante Guilherme Bolini, de 18 anos. Ele viu o jogo abraçado na namorada. O rapaz explicou que torce para o porco por influência do pai, assim como seus irmãos. “Estamos todos aqui”. Já a namorada dele, Maria Rosa Cardoso, de 17 anos, garante que também é do mesmo time por causa do avô e quem sabe do namorado também.
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Guilherme e Maria Rosa. Curtindo o jogo, abraçados.
Já a dentista Larissa Moura, de 24 anos, não conseguiu ver o jogo com o namorado. “Ficamos na fila por mais de 2 horas. P
rimeiro eles falaram que acabou a tinta, depois falaram que acabou o papel e no final das contas a moça falou que acabou o ingresso, só que tinha um monte de gente comentando que lá dentro estava vazio”, reclamou Larissa, passando frio, do lado de fora da Arena. “Meu namorado conseguiu comprar apenas um ingresso por R$ 160. Topei ficar de fora, porque ele é palmeirense e eu não sou. Fiquei com dó dele e falei para ele entrar que eu ia esperar”, explica a moça. É o amor!
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Larissa ficou com "dó" do namorado, que conseguiu apenas um ingresso, e ficou esperando por ele do lado de fora. "Bilheteria desorganizada", reclamou.
OBJETOS PROIBIDOS
Chamou a atenção da reportagem a quantidade de objetos com os quais os torcedores não puderam entrar na Arena Pantanal e que ficaram no lixo.
Canivete, pente, desodorante, corneta, perfume, pinça, isqueiro, garrafa e copo de água, comida, tesourinha de unha, maquiagens de aço, tudo isso foi parar em dois latões de lixo que a segurança já deixa nas entradas, só para essa finalidade.
Por causa dessa situação, já tem gente prestando serviços de guarda-trecos do lado de fora da arena.
Outra coisa que é proibido dentro do estádio é cigarro. Para desespero do dentista Mauri Cardoso, de 50 anos, que fuma um maço por dia.
“Duas horas é muito tempo, não agüento ficar nem meia hora. Olha eu não queria te falar isso não mas, apesar de estar ganhando, o Palmeiras não está valendo esse meu sacrifício”, brincou.
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Mauri Cardoso não conseguiu fumar. É proibido!
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Tudo que não pode entrar na Arena vai para o lixo.
ESTACIONAMENTO
Após uma série de denúncias feitas pelo , neste domingo não houve cobrança por vaga no estacionamento dentro da Arena. O resultado disso é que estava lotado.
Os taxistas informaram que foi menor o número de chamadas porque os torcedores puderam ir ao jogo com carro próprio, sem ter que desembolsar os R$ 20, que estavam sendo cobrados irregularmente, conforme a Secretaria de Estado de Cidades (SECID).
Fabiana 05/07/2015
Meu Deussss que casal lindooo. Guilherme e Maria vcs são lindos!!!! E viva o meu palmeiras vivaaaa ♥
1 comentários