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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

16 de Março de 2018, 08h:14 - A | A

GERAL / FALTA DE REPASSES

Hospitais filantrópicos vão suspender atendimento de UTI a pacientes do SUS

A presidente da Fehos, Elizabeth Meurer disse ao RepórterMT que as unidades hospitalares não têm mais condições de manter os atendimentos aos pacientes do SUS em decorrência da diminuição do valor diário dos leitos de R$ 1,5 mil para R$ 1,2 mil.

CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO



A Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Estado de Mato Grosso (Fehos-MT) ameaça paralisar os atendimentos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais Santa Helena, Santa Casa e Hospital Geral, em Cuiabá, a partir de segunda-feira (19), após a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) baixar duas portarias que alteraram o valor e prazo para pagamento dos repasses.

“O custo com um paciente diariamente na UTI é de pelo menos R$ 1,5 mil e o Estado por decisão unilateral, reduziu o valor para R$ 1,2 mil. Portanto, nós temos que arcar com o valor restante e, com a ampliação do prazo de recebimento, ficou muito mais complicado”, disse a presidente.

A presidente da Fehos, Elizabeth Meurer disse ao que as unidades hospitalares não têm mais condições de manter os atendimentos aos pacientes do SUS em decorrência das portarias, que reduziram o valor diário do pagamento dos leitos de R$ 1,5 mil para R$ 1,2 mil.

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“O custo com um paciente diariamente na UTI é de pelo menos R$ 1,5 mil e o Estado por decisão unilateral, reduziu o valor para R$ 1,2 mil. Portanto, nós temos que arcar com o valor restante e, com a ampliação do prazo de recebimento, ficou muito mais complicado”, disse a presidente.

A presidente aponta que outra portaria da SES aumentou a periodicidade dos pagamentos de 30 para até 90 dias.

Por meio de nota, a SES afirmou que as portarias são de 2017 e que, desde então, os pagamentos têm acontecido sem atrasos. Inclusive na nota, a SES garante que o novo prazo não ultrapassa os 30 dias para efetuar o pagamento.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu nota dizendo que já se reuniu com os representantes dos hospitais, para que analisem as propostas do Executivo.

Até o final desta semana representantes da Fehos e membros da equipe econômica do Governo e da SMS, devem se reunir para definir as medidas que serão adotadas pra evitar a suspensão dos atendimentos.

 

Leia na íntegra a nota da SES:
 
NOTA – PAGAMENTOS AOS HOSPITAIS FILANTRÓPICOS

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) esclarece que, por parte do Estado, não existe nenhum valor pendente de pagamento em relação ao custeio das UTI dos hospitais filantrópicos, de Cuiabá e de Rondonópolis.

Os valores são repassados aos Fundos Municipais de Saúde de Cuiabá e de Rondonópolis que fazem o pagamento pelos serviços contratados junto aos hospitais filantrópicos. O custeio referente ao mês de novembro foi pago no dia 05.02.18 (Portaria 019/2018 de 05.02.18) e o dezembro no dia 05.03.18(Portaria 036/2018 de 02.03.18).

O prazo para o pagamento dos serviços de UTI executados no mês de janeiro de 2018 encerra-se no final de março, conforme critério definido pelas Portarias 129/2017 e 020/2018, que em seu artigo 14 diz que a “SES/MT terá até o último dia do 2º mês, após a entrega da documentação referente à prestação de serviços para efetuar a transferência dos recursos, salvo se houver impedimento legal” .

A SES informa, ainda, que os valores pagos pela diária de UTI foram definidos no ano passado, em junho, por meio da Portaria 112/2017, e pela portaria 020/2018 de 02.01.18. E durante todo esse tempo os valores vêm sendo transferidos aos fundos municipais de Saúde que fazem o pagamento aos hospitais - incluindo os filantrópicos - pelos serviços prestados.

Leia na íntegra a nota da SMS:

Nesta terça-feira (13) à tarde aconteceu uma reunião entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde e os representantes dos hospitais filantrópicos.

A SMS e a SES entregaram para os filantrópicos um documento assinado em conjunto com a resposta às demandas deles. Os filantrópicos ficaram de analisar o documento e decidirem os rumos a serem tomados.

 

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