CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
A família de Vanessa Steffany Barbosa de Souza, 29, encontrada morta em um córrego, na região do Lago do Manso, na madrugada de domingo (20), levanta a hipótese do caso ter sido homicídio e pede investigação à Polícia Civil.
A vítima acampava no local, com o namorado o sargento do Corpo de Bombeiros, Fernando Pascoal de Moraes.
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O laudo inicial emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) descartou o afogamento como causa e indicou morte “indeterminada”. Agora, a família aguarda o laudo oficial, que deve ser concluído em 20 dias.
“O corpo estava cheio de marcas de agressão, com o rosto quebrado, orelha direita ainda sangrava por causa de um ferimento. A gente quer Justiça", disse um primo da vítima.
O principal suspeito apontado pelos familiares é o namorado dela, que às autoridades, ele alegou que estava dormindo e não sabe como o caso ocorreu.
O administrador C.H., de 53 anos, primo de Vanessa, falou ao , que pessoas em um acampamento vizinho relataram fatos que contradizem a versão do namorado da vítima. As testemunhas auxiliaram no resgate do corpo da jovem e dizem ter ouvido gritos.
O corpo teria sido encontrado por volta de meia noite, mas a família só foi comunicada da morte de Vanessa por volta de 8 horas do domingo. Os familiares dizem que foram impedidos de fazer o reconhecimento no IML, porque Fernando já teria feito.
Quando o corpo foi liberado para o velório, a família fez fotos de hematomas, encontrados nas mãos e braços, assim como ferimento na orelha da vítima. Os familiares não descartam pedir exumação do corpo, caso o laudo não indique as causas da morte.
“O corpo estava cheio de marcas de agressão, com o rosto quebrado, orelha direita ainda sangrava por causa de um ferimento. A gente quer Justiça. A gente quer que este crime não fique impune. Se este laudo não indicar a causa da morte, vamos ao Ministério Público para pedir a exumação do corpo”, disse o primo.
A família da jovem conta que Vanessa namorava Fernando há quase dois anos, mas vivia em um relacionamento abusivo e violento. Nenhum boletim de ocorrência sobre agressão foi registrado na Polícia Civil, mas houve queixa junto ao Corpo de Bombeiros, em uma outra situação, em que o sargento desapareceu com a vítima por três dias.
Vanessa deixou uma filha pequena, a mãe, que ficou viúva há três meses, e duas tias que moravam na mesma casa. “Ela era o esteio da família. Era a responsável por todas, até em relação a sustentar a casa”, declarou uma das tias da vítima.
O delegado Rogério Malacarne, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), disse ao que nenhuma hipótese foi descartada. Alguns depoimentos já foram coletados e a investigação será apurada após receber o laudo oficial.
Outro lado
Procurado, o Corpo de Bombeiros Militar informou, por meio da assessoria de imprensa, que não encontrou o registro de ocorrência contra o sargento Pascoal, como é conhecido o acusado e que, por enquanto, a corporação não vai se pronunciar.
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