RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
A enfermeira Wanessa Ribeiro Reis, que trabalhou com o médico Denis Furtado durante cinco meses, revelou que ele engava suas pacientes e aplicava menos produto do que havia combinado. Ela ainda contou que o "doutor Bumbum" chegou de realizar procedimentos estéticos em quarto de hotel.
Denis Furtado responde pelo crime de homicídio qualificado pela morte da bancária cuiabana Lilian Calixto, 46 anos, após a realização de bioplastia no apartamento dele, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
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Ele foi preso na tarde desta quinta-feira (19) em um centro empresarial na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Ele estava foragido da Justiça desde sábado (14), quando foi determinada prisão temporária. A mãe dele, Maria de Fátima, que teria participado do processo, também foi presa.
Ambos tiveram os registros de médico cassados pelo CRM.
Segundo a enfermeira, o médico vendia para pacientes 500 ml de metacril, mas durante o procedimento aplicava somente 300 ml do produto. O restante, ele vendia para outra paciente.
"Ele vendia 500 ml de metacril, por cerca de R$ 10 mil, e aplicava 300ml. O restante do produto ele vendia novamente para outras clientes", disse a enfermeira.
“Com o tempo, passei a notar que ele ficava com parte dos produtos que aplicava nas pacientes. No início, até achei que era normal, mas depois comecei a ver que isso sempre se repetia. Ele vendia 500 ml de metacril, por cerca de R$ 10 mil, e aplicava 300ml. O restante do produto ele vendia novamente para outras clientes", disse em entrevista para o site Extra.
Ela ainda conta que setembro do ano passado, o médico havia realizado um tour por alguns estados do país para realização de bioplastia. Os procedimentos, segundo Wanessa, foram realizados em um quarto de hotel.
"Fomos para São Paulo. Ele deu a mesma desculpa que a clínica estava em reforma e começamos a atender as clientes num quarto de hotel. Mas depois de uma semana, a direção do local nos expulsou. Eles encontraram muito lixo hospitalar. Ele agiu tranquilamente como se nada tivesse acontecido".
Wanessa ainda relata que também aplicou metacril nas nádegas e que apresentou complicações. Na época, o médico havia dito que os sintomas eram normais em alguns casos.
Recompensa
A Polícia Civil do Rio de Janeiro ofereceu recompensa de R$ 1 mil por informações que pudessem levar às prisões do médico Denis César Barros Furtado e da mãe dele, Maria de Fátima Barros Furtado.
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