MARIA JULIA SOUZA
DA REDAÇÃO
O golpe da garagem de carros importados Sport Cars, em Cuiabá, teve destaque nacional, na noite deste domingo (07), com a veiculação no programa Fantástico, da Rede Globo, sobre o crime de estelionato que fez cerca de 50 vítimas na Capital mato-grossense, que deixaram os carros na empresa, para venda, de forma consignada e foram lesadas pelos proprietários, que desapareceram com o dinheiro deles.
O programa mostrou que o dono da empresa, Marcelo Sixto já teria sido preso anteriormente por aplicar o mesmo golpe nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Conforme as denúncias, Marcelo revendia veículos deixados em consignação e não repassava o dinheiro aos proprietários.
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Estima-se que o prejuízo seria de ao menos R$ 11 milhões. Os prejudicados registraram boletim de ocorrência e entraram com ações na Justiça.
A reportagem mostrou como Marcelo conquistou a confiança das vítimas e depois as enganou, promovendo viagens internacionais.
Os proprietários da empresa são o casal Marcelo Sixto e Thays Davale. Eles entraram com pedido de falência no dia 27 de março, alegando dívida de R$ 11 milhões.
No dia 28 de março, a loja que ficava na Avenida Miguel Sutil, amanheceu fechada e os clientes alegam que não conseguiram mais contato com o responsável.
De acordo com o advogado do casal, Elvis Antonio Klauk Junior, os empresários passam por sérias dificuldades econômicas e têm sofrido ameaças de morte. Eles negam os golpes e afirmam que irão responder as acusações na Justiça.
O golpe veio à tona a partir da denúncia da venda de Camaro Amarelo, uma Land Rover e um Mercedez E-250, dos quais a empresa não teria repassados o dinheiro ao donos.
Marcelo Sixto e Thais Davale pediram falência da empresa.
Golpes
As vítimas alegam que Marcelo era quem cuidava das negociações e usava de diversos artifícios para os enganar.
Segundo processos judiciais, o dono da Sport Cars teria dito a um portador da BMW que intermediaria a venda do automóvel com outra loja de carros de luxo, em fevereiro deste ano.
Para dar sequência ao procedimento ele precisava de um documento de transferência e posse no valor de R$ 370 mil, que seriam pagos quando fosse assinado o contrato de compra.
No caso de um Porsche Boxster conversível, a loja firmou contrato de consignação para intermediar a venda. O proprietário só notou a situação ao tomar ciência do pedido de falência.
A 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé informou da existência de dois inquéritos. Em razão das diligências estarem em andamento, detalhes não serão repassados para que não atrapalhe seu curso.
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