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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

26 de Julho de 2015, 14h:20 - A | A

GERAL / VITÓRIA DA MEDICINA

Doador de medula de MT salva vida de criança de 8 anos em São Paulo

Paciente sofria de anemia de Fanconi e estava em estado grave.

DA REDAÇÃO



Luiz é apenas um em 100 mil. Ele descreve a sensação de doar medula óssea como o dia seguinte do final de um campeonato ou luta de boxe: “Cansado, cara inchada e um pouco de dor, mas ganhei esse trem”. 

Para Luiz, tão importante quanto a doação, foi a quebra de tabu na família. Depois do procedimento tão bem sucedido, vários parentes perderam o medo e se cadastraram no Redome.

Doador de sangue há mais de 20 anos, Luiz Henrique Vargas, de 42 anos, decidiu se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) por sugestão dos profissionais do Hemocentro, em Cuiabá. Em dezembro do ano passado, ele recebeu a ligação sobre uma possível compatibilidade. Ele refez o exame de compatibilidade genética e aguardou o resultado. 

Por um momento pensou que não tinha dado certo, mas em fevereiro veio a notícia: a criança de 8 anos, portadora de anemia de Fanconi, estava em São Paulo aguardando pela doação. O intervalo entre as duas ligações foi necessário porque o paciente teve uma piora no quadro e os médicos precisaram aguardar uma reação do pequeno para prosseguir com o tratamento. 

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“Nós não somos super-heróis, mas de repente você se depara com a chance de salvar uma vida”, emociona-se ao lembrar.



A criança melhorou e o engenheiro agrônomo viajou duas vezes para Belo Horizonte para uma bateria de exames para verificar o estado de sua saúde. Durante esse meio tempo, teve que convencer a família de que todo o procedimento é seguro e que a possibilidade real de salvar uma vida era bem maior que todas essas preocupações. Ele nunca teve medo ou pensou em desistir. 

Foi na terceira viagem para a capital mineira que Luiz se submeteu ao procedimento para a retirada de 750 ml de medula óssea da bacia. Enquanto ele entrava para a sala de cirurgia, a criança também iniciava um processo de quimioterapia intenso para “zerar” a própria medula e receber a doação. Em pouco tempo, Luiz já estava bem e se recuperando da cirurgia, mas ainda na expectativa de uma resposta que veio depois de 30 dias: a medula pegou! Só será possível saber se houve cura total da anemia ano que vem, mas a participação de Luiz foi fundamental. 

Para Luiz, tão importante quanto a doação, foi a quebra de tabu na família. Depois do procedimento tão bem sucedido, vários parentes perderam o medo e se cadastraram no Redome. E ele pede que cada vez mais pessoas se cadastrem, já que a possibilidade de uma compatibilidade genética entre não aparentados é muito rara e quanto mais pessoas se cadastrarem, maiores as chances dos pacientes.

“Nós não somos super-heróis, mas de repente você se depara com a chance de salvar uma vida”, emociona-se ao lembrar.

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Adriana 27/07/2015

Parabéns! Precisamos de mais e mais pessoas do bem como o Sr. Luiz!!!!

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1 comentários

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