CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
No quarto dia da paralisação dos caminhoneiros que protestam em rodovias federais e estaduais, alguns postos da baixada cuiabana amanheceram sem combustíveis, nesta quinta-feira (24). Em Mato Grosso, há pelo menos 15 pontos de bloqueio.
A reportagem passou por alguns postos em Cuiabá e Várzea Grande onde as filas eram imensas. Com a escassez de combustíveis, alguns donos de postos aumentaram os valores. Outros só recebem pagamento em dinheiro ou débito. Os preços variaram em até 20 centavos para mais por litro.
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Nos postos da região central da Capital, as filas são enormes e o consumidor precisa esperar por até 40 minutos para abastecer.
Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), alguns pontos da Capital estão congestionados, por causa das filas em postos.
Nos estabelecimentos das vias principais de Cuiabá, como Miguel Sutil, Fernando Corrêa, Avenida das Torres, Avenida do CPA, Getúlio Vargas e Isaac Póvoas, estão em falta alguns combustíveis.
Por meio de nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo-MT), confirma que nas principais cidades do Estado também há a falta de produtos e alguns revendedores já informaram que a partir de hoje o estoque pode se esgotar.
Ainda segundo o Sindipetróleo, não é possível contabilizar a quantidade de postos que estão sem combustível, pois no Estado há mais de 1 mil estabelecimentos.
Além da baixada cuiabana, postos das cidades de Sinop, Tapurah, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Diamantino e Juína já relataram não ter mais nada para vender.
Em Sorriso, conforme o Sindicato, há filas quilométricas para abastecer veículos e os motoristas podem esperar por mais de uma hora.
Leia a nota do Sindipetróleo:
"O Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso) confirma que, principalmente em cidades do interior, já há falta de produtos. Na Grande Cuiabá, alguns revendedores informam que ainda hoje o estoque pode se esgotar.
Não há como apurar a quantidade de postos paralisados uma vez que existem 1.000 empresas do setor em todo o Estado com capacidades volumétricas (‘tancagens’) diferentes, mas há confirmações de postos sem produtos em Tapurah, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Diamantino e Juína.
Em razão da greve dos caminhoneiros que paralisaram o transporte e o consequente bloqueio nas bases de distribuição, o abastecimento nos postos está comprometido.
A falta de produto em alguns estabelecimentos gera mais movimento nos postos com combustíveis e, com o aumento da demanda, o estoque pode se esgotar antes do previsto – entre sexta-feira e sábado. Em Sorriso, por exemplo, há um posto com fila de veículos e o abastecimento só vai durar por mais uma hora.
Em muitos estabelecimentos no interior há apenas óleo diesel nos tanques. Ressaltamos que não há um balanço geral da situação em todos os 1.000 postos, mas há dificuldades com o abastecimento e elas começam a aumentar, podendo chegar ao desabastecimento, caso a greve continue."
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