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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
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30 de Agosto de 2015, 12h:00 - A | A

GERAL / CONSTRANGIMENTO

Cinema não cumpre lei e pai de deficiente é obrigado a pagar entrada

A presidente da AMDE, Mariley Auxiliadora de Jesus, diz que casos como este são comuns e que os estabelecimentos culturais e de lazer estão descumprindo a lei, portanto é preciso reforçar as cobranças sobre a lei.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



Cinema é uma das paixões de um adolescente de 14 anos, que tem deficiência congênita e, apesar de estar na adolescência, se comporta como uma criança pequena, de quatro ou cinco anos.

“Eu cobrei nosso direito e a moça que me atendeu foi grosseira e não queria olhar para mim. Acabei pagando R$ 8 para entrar e resolver expor a situação, não pelo dinheiro, mas para garantir o cumprimento da lei e para que não se repita”, argumenta o pai

O administrador J.E.O., de 43 anos, pai dele, há três meses se comprometeu a levá-lo em várias sessões pelo menos uma vez por semana, o que tem feito.

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Para isso, fez a carteirinha da Associação Mato-grossense de Deficientes (Amde), fornecida através da comprovação da respectiva deficiência com laudo médico do Centro de Recuperação Dom Aquino Correa, para que o menino seja contemplado pela Lei Municipal 5.634, de janeiro de 2013. A lei garante a isenção de pagamento de ingresso para atividades culturais e de lazer.

Ao verificar a lei, o pai do garoto viu que o acompanhante também tem direito de isenção.

Acontece que, na última segunda-feira (17), pai e filho foram ao Multiplex do Pantanal Shopping e a norma não foi respeitada.

“Eu cobrei nosso direito e a moça que me atendeu foi grosseira e não queria olhar para mim. Acabei pagando R$ 8 para entrar e resolver expor a situação, não pelo dinheiro, mas para garantir o cumprimento da lei e para que não se repita”, argumenta o pai do adolescente especial. "Não quero prejudicar ninguém, mas lei é lei”.

O entrou em contato com a gerência do cinema em questão, para saber se este é um caso isolado ou se o cinema adotou essa conduta, de isentar apenas a pessoa com deficiente e não o acompanhante. Após detalhar o caso por telefone, a gerência pediu que a demanda fosse enviada por e-mail, mas respondeu que não ia se posicionar.

“A gente recebe ‘n’ reclamações. Pessoas com deficiência são marginalizadas de toda forma, mas não podemos desistir à primeira porta que se fecha, temos que cobrar nossos direitos”, comenta a presidente da Amde.

A presidente da AMDE, Mariley Auxiliadora de Jesus, diz que casos como este são comuns e que os estabelecimentos culturais e de lazer estão descumprindo a lei, com exceções.

“A gente recebe ‘n’ reclamações. Pessoas com deficiência são marginalizadas de toda forma, mas não podemos desistir à primeira porta que se fecha, temos que cobrar nossos direitos”, comenta Mariley.

O pai do adolescente especial afirma que, além de cinema, ele gosta também de música e programas de televisão. E que, também apesar dele ter limites intelectuais, memoriza tudo que gosta.

O filho dele tem má formação do corpo caloso do cérebro, portanto, uma deficiência de natureza neurológica que afetou também o seu desenvolvimento motor,além do próprio intelecto.

“Eu vou com ele ao cinema, porque não tem maturidade para ir sozinho, ele é como uma criança. O meu filho precisa da ajuda da nossa família para a maioria das atividades indispensáveis para o ser humano: comer, tomar banho, necessidades fisiológicas,dentre outras coisas”, explica o pai. "Não pediu para nascer assim, mas, apesar das dificuldades dele, é nosso anjo”, declara-se.

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LE 31/08/2015

PIOR cinema de cuiabá! não aceita cartão, nem de débito nem de crédito, faz venda casada com aqueles produtos caríssimos da lanchonete própria...

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