CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
A menina A.L.J.S., de três meses, vítima de ritual de magia negra, passou pela segunda tentativa médica de retirada das três agulhas que ainda estão alojadas em seu corpo.
Na sexta-feira (16), ela foi submetida a uma cirurgia para drenagem de hematoma intracraniano e a uma nova tentativa de retirada das agulhas, que estão alojadas na cabeça e no abdômen.
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No entanto, a equipe médica não obteve sucesso devido ao risco de sangramento e lesão cerebral muito grande.
De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa de Rondonópolis (212 Km ao Sul de Cuiabá), onde A.S está internada há seis dias, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, a criança está sendo monitorizada em rigorosa observação e segue com quadro estável hemodinamicamente, respirando sem ajuda de aparelhos e recebendo dieta com boa sucção e aceitação.
Segundo boletim médico, a menina tem diagnóstico de craniotomia, que é uma abertura cirúrgica no crânio, devido à presença do corpo estranho intracerebral.
Agora MT
Médicos que estão cuidando da menina.
A criança foi vítima de maus tratos por parte dos próprios pais e de outros três adultos. Por conta disso, ela está sob a guarda do Conselho Tutelar.
Sigilo
De acordo com o delegado Marcelo Melo, da Delegacia de Polícia de Jaciara (147 Km de Cuiabá), o inquérito policial tramita em sigilo por envolver menores (a bebê e a mãe de 17 anos).
Mas, ele adiantou que tem o prazo de 30 dias para concluir a investigação, podendo prorrogar por mais um mês, antes de representar contra os acusados no Poder Judiciário.
Os acusados – o pai da criança, Wellinton de Jesus Costa, 28, e Ricardo César dos Santos estão presos temporariamente na cadeia pública de Jaciara; Iraci Queiroz dos Santos, 42, conhecida como “Baiana” e a filha dela, Débora Queiroz, 20, estão presas no presídio feminino de Rondonópolis.
Baiana é apontada como a líder do ritual de magia negra a que a criança foi submetida.
Já a mãe do bebê, C.S.S., 17, foi encaminhada para o Centro Socioeducativo de Cuiabá.
Ela e Wellinton teriam aceitado que as agulhas fossem inseridas na filha, durante ritual, em troca de R$ 250 cada.
O caso
A tentativa de homicídio da menina ocorreu na noite de segunda-feira (12), na cidade de São Pedro da Cipa (180 Km de Cuiabá).
O Conselho Tutelar foi acionado quando a menina deu entrada na UPA de Rondonópolis, onde a equipe médica constatou os maus tratos e denunciou o caso.
Cerca de duas semanas antes do caso, a menina já havia sido levada para o Hospital Municipal de Jaciara, apresentando cortes nos pés.
A suspeita de maus tratos contra o irmão de dois anos da menina também será investigado.
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