DA REDAÇÃO
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitaram por unanimidade o recurso interposto pela defesa do ex-deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), que considerado ficha suja, por ser condenado por desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa, tentava reaver o cargo de deputado na Assembleia Legislativa.
Ele obteve 22.913 votos nas eleições de 2018, mas não pode assumir por ser impedido legalmente.
A negativa foi unânime porque todos os ministros seguiram o voto do relator Admar Gonzaga.
A condenação de Fabris é referente ao período em que foi presidente da Assembleia, por endossar 22 de 123 cheques utilizados para pagamentos de 30 empresas fantasma.
Os serviços não foram prestados ao Legislativo. O fato ocorreu em 1996.
O MPE apurou que as assinaturas das pessoas jurídicas eram falsificadas para garantir os cheques em benefício da Madeireira Paranorte e Parasul Ltda, constituídas para lavagem de dinheiro.
A ação é um dos desmembramentos do processo da operação “Arca de Noé”, que investiga um esquema de troca de cheques da Assembleia para pagamentos de dívidas de campanha de políticos com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
O ex-deputado Gilmar Fabris foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em junho de 2018, pelo Tribunal de Justiça, que o julgou culpado por peculato que causou um prejuízo de R$ 1,52 milhão aos cofres públicos.