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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
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29 de Junho de 2017, 07h:00 - A | A

CONEXÃO PODER / ENVOLVIDA EM FRAUDES

Secretário diz não ter motivos para romper contrato com a Faespe

Apesar de haver fortes indícios de desvios de dinheiro em contratos da Faespe com órgãos públicos, o secretário Marcelo Duarte afirma que na Sinfra o caso é diferente.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Duarte, disse, em entrevista ao programa Conexão Poder, que não há motivos para a pasta romper o contrato anual de R$ 6 milhões com a Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual) – acusada na Operação Convescote de prestar serviços fictícios a órgãos públicos com o objetivo de desviar dinheiro. 

Para Marcelo Duarte, apesar de haver fortes indícios de desvios de valores em contratos da Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Sinfra o caso é diferente.

“Teve problemas, mas na nossa gestão é diferente. Eu tenho muita responsabilidade em relação a isso e a maneira que nós estamos gerindo o contrato me deixa tranquilo”, defendeu o secretário.

A Faespe presta serviço à pasta desde o início da gestão do governador Pedro Taques (PSDB) com a finalidade de desenvolver projetos relativos aos setores de infraestrutura. O serviço custa R$ 500 mil mensais aos cofres do Estado.

“Teve problemas, mas na nossa gestão é diferente. Eu tenho muita responsabilidade em relação a isso e a maneira que nós estamos gerindo o contrato me deixa tranquilo”, defendeu o secretário.

“Nós temos um convênio de melhoria de gestão na Secretaria. Além disso, tem muita gente, via contrato da Faespe, que está executando projetos”, argumentou.

Os contratos com a fundação se tornaram suspeitos depois que a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado) mostrou que integrantes de uma organização criminosa, dentro e fora da administração pública, conseguiram desviar dos cofres do TCE e do Legislativo pelo menos R$ 3 milhões, entre os anos de 2015 e 2016. No entanto, investigações do próprio Ministério Público Estadual (MPE) apontam que esse valor pode ser bem maior e ultrapassar os R$ 15 milhões.

O grupo abria empresas fictícias com contas bancárias na Cooperativa de Crédito Sicoob, por meio das quais recebia recursos provenientes de contratos com órgãos públicos. Todas as empresas investigadas tinham sempre a mesma atividade econômica: Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo.

Como as empresas eram dos próprios funcionários da fundação, parte dos recursos seguia para as empresas e o restante para os servidores que organizaram o esquema criminoso. O Gaeco ainda explicou que uma funcionária da Faespe atestava as notas fiscais dos supostos serviços e não um servidor público.

“Nossa gestão está sendo muito austera e firme em relação a isso”, resumiu Marcelo Duarte.

Veja a entrevista na íntegra

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