Dois anos depois, motorista tem prisão preventiva decretada

reprodução

Kennya foi socorrida mas morreu no PS de Cuiabá

ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO

Dois anos após atropelar e matar a estudante Kennya Foscarini Alves, de 17 anos, a Justiça decretou a prisão preventiva do motorista, que foi preso em flagrante após o acidente, Frank Rademak Almeida Silva, de 38 anos. Ele é considerado foragido.

Frank foi preso em flagrante após atropelar Kennya e outro estudante de 13 anos. O acidente aconteceu no dia 15 de março de 2012 e, depois de 21 dias internada, Kennya não resistiu aos ferimentos e morreu devido à falência múltipla dos órgãos. Já o outro adolescente sofreu apenas ferimentos leves.

Frank Rademak não possuía Carteira de Habilitação (CNH) e passou na frente da Escola Estadual Pascoal Ramos, em Cuiabá, em alta velocidade. O motorista apresentava sinais de embriaguez no momento do crime.

De acordo com o documento expedido pelo Juiz Murilo Moura Mesquita, da Décima Quarta Vara Criminal da Capital, outro estudante relatou, em depoimento, o que aconteceu no dia fatal. A vítima afirmou que estava saindo da escola, acompanhado de Kennya, quando esta última foi atingida pelo veículo que a arrastou por alguns metros, tendo ela se desprendido do carro somente quando o acusado passou por um quebra-molas. O garoto afirmou ainda que, quando o réu passou pelo quebra-molas, a atingiu, jogando-a para o lado, tendo-lhe causado várias escoriações.

Em outro trecho, uma segunda testemunha afirmou que conteve o motorista retirando a chave do veículo do contato. “Ao ouvir o barulho da colisão do veículo com o muro, correu e puxou o freio de mão e retirou a chave de ignição do contato. Contudo, o réu tinha uma chave reserva e tentou fugir do local dos fatos, tendo sido preso em flagrante neste momento”, disse.

A mãe da adolescente, Marlene Foscarini, espera que o homem que atropelou e matou Kennya seja preso o mais rápido possível. “Depois que for encontrado começará a próxima etapa de minha luta, conseguir que ele vá a Júri Popular e condená-lo a pena máxima. Só então poderei ter um pouco de paz”, diz.