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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

07 de Janeiro de 2011, 12h:27 - A | A

VARIEDADES /

Sindalcool e Sindpetróleo "brigam" por causa do aumento dos preços



PRIMEIRA HORA      17h07
DE RONDONÓPOLIS

 

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As diretorias do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Mato Grosso, o Sindipetróleo, e a do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras, o Sindalcool, estão novamente às turras em torno da questão dos combustíveis. O setor, altamente contestado por mexer diretamente no bolso do cidadão, reabriu a disputa para estabelecer de quem é a culpa pelo aumento da gasolina, álcool e diesel – presentinho básico de início de ano, ato que já foi tão comum. A briga entre os dois sindicatos vem sendo tão intensa que um dos lados decidiu apelar: os donos de postos prometeram interpelar judicialmente a entidade que congrega os fabricantes de álcool.

Óbvio que para o consumidor não vai alterar em nada. O preço está mais caro e na hora  de abastecer o veículo a dor no bolsoé grande. O reajuste no óleo diesel alcança 1% equivalente a aproximadamente R$ 0,04 sobre o litro do diesel. O álcool deve passar da casa de R$ 1,90. Outra alteração pode ser observada na gasolina que possui em sua composição 25% de álcool anidro. O percentual de aumento ainda não foi confirmado.

O diretor-executivo do Sindalcool, Jorge dos Santos, disse não ver motivos para uma nova alta nos preços do etanol no Estado. Por conseqüência, impõe a culpa do aumento em quem está do outro lado da bomba. Segundo ele, em janeiro deste ano, os preços chegaram a R$ 1,89, porém, o setor estava em período de entressafra e os estoques estavam baixos. Com o início da safra, os preços despencaram em Cuiabá para R$ 1,56 e, mesmo com a colheita ainda não tendo sido concluída, o setor de revenda de combustíveis já cogita nova alta, agora para R$ 1,69.

“Não enxergamos razões econômicas para uma nova alteração nos preços” - disse Santos, em entrevista ao jornal “Diário de Cuiabá”.

O suficiente para irritar os donos de postos. Para o presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, o colega de sindicato demonstra que não entende ou desconhece os reajustes praticados pelas distribuidoras. E a temperatura do debate foi duro: “Ele falta com a verdade” – atacou, ao anunciar que vai interpelar judicialmente o Sindalcool.

Locatelli indica que o sindicato que dirige considera a declaração de Santos como uma espécie de afronta. Segundo ele, as notas fiscais demonstram que ocorreram  alterações sequenciais. "Não somos nós,  revendedores, os responsáveis pelas constantes altas" - pontua o sindicalista.

Segundo o Sindipetróleo, não é mais possível absorver os aumentos repassados pelas distribuidoras que, por sua vez, afirmam que também ocorreu aumento nos valores de compra do produto junto às usinas. “Até mesmo a própria presidente Dilma Rousseff manifestou surpresa com a instabilidade do mercado do etanol e deve cobrar dos usineiros uma explicação, conforme notícia divulgada pela Agência Estado” - ele destaca.

“O que estão fazendo com o mercado e com os revendedores é uma perversidade e não vamos ficar quietos diante desse cenário”, avalia o presidente do sindicato representante dos postos. Ao criticar o aumento, o presidente do Sindipetróleo lamenta também que Mato Grosso não pode comprar o produto em outro Estado para tentar reduzir o custo, pois haveria bitributação no recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços cobrado pelo Estado. (Edilson Almeida)

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