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Um parlamentar iraniano ofereceu uma recompensa de US$ 3 milhões para quem matasse o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que o Irã poderia evitar ameaças se tivesse armas nucleares, informou hoje a agência de notícias Isna, em meio ao mais recente impasse de Teerã com Washington.
O embaixador de desarmamento dos EUA, Robert Wood, classificou a recompensa de "ridícula", dizendo a repórteres em Genebra que mostrava os "fundamentos terroristas" do establishment iraniano.
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As tensões têm aumentado desde que Trump retirou Washington do acordo nuclear de Teerã com as potências mundiais em 2018 e restabeleceu as sanções dos EUA ao país. O impasse explodiu em ataques militares retaliatórios este mês.
Em nome do povo da província de Kerman, pagaremos uma recompensa de US$ 3 milhões em dinheiro para quem matar Trump", disse o legislador Ahmad Hamzeh ao Parlamento de 290 lugares, segundo a Isna.
Ele não disse se a recompensa tinha algum apoio oficial dos governantes clericais do Irã. A cidade de Kerman, na província ao sul da capital, é a cidade natal de Qassim Suleimani, um importante comandante iraniano cuja morte em um ataque de drones ordenado por Trump em 3 de janeiro, em Bagdá, levou o Irã a disparar mísseis contra alvos dos EUA no Iraque.
"Se tivéssemos armas nucleares hoje, estaríamos protegidos contra ameaças... Deveríamos colocar em nossa agenda a produção de mísseis de longo alcance capazes de carregar ogivas não convencionais. Esse é o nosso direito natural", afirmou ele, de acordo com a Isna.