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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

03 de Julho de 2020, 14h:09 - A | A

VARIEDADES / SAÚDE E BEM ESTAR

Mascne, o novo problema de pele

Para evitar o surgimento de espinhas, a dermatologista orienta a higienização correta do rosto, com produtos específicos para o tipo de pele, evitando a limpeza e esfoliação excessivas

DA ASSESSORIA



Pesquisa publicada no jornal "American Academy of Dermatology" apontou que cerca de 83% dos profissionais da saúde que atuaram na linha de frente contra o novo coronavírus em Hubei, na China, relataram o aparecimento de acne no rosto. Incômodos como pele seca e descamação na região da face coberta pela máscara também foram relatados por cerca de 70% dos entrevistados. Esse fenômeno tem alcançado pessoas pelo mundo todo e ganhou uma expressão própria: mascne, termo derivado do inglês Mask's acne, que em tradução literal significa: a acne causada pela máscara.
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso de máscaras faciais, item importante para conter a transmissão do coronavírus, pode causar ou piorar problemas de pele como a acne e inflamações. A médica dermatologista Natasha Crepaldi explica que o termo mascne surgiu nos últimos meses para explicar o aparecimento da acne nas regiões do queixo e bochechas que ficam encobertos, quentes e úmidos durante o uso das máscaras faciais. “O uso de máscaras pode causar dermatite irritativa pelo atrito com o tecido e pelo aumento da sudorese e obstrução dos poros, o que afeta a oleosidade cutânea, favorecendo cravos e espinhas e exacerbação da rosácea e da dermatite seborreica”, acrescenta a médica. 
 
Para evitar o surgimento de espinhas, a dermatologista orienta a higienização correta do rosto, com produtos específicos para o tipo de pele, evitando a limpeza e esfoliação excessivas, além da hidratação da cútis antes de colocar a máscara. 
 
“Maquiagens mais pesadas não são aconselhadas durante esse período, uma vez que podem colaborar para agravar a situação da pele, que já está abafada pela máscara. Além disso, o uso de maquiagem pode diminuir o tempo útil de proteção e a efetividade das máscaras, uma vez que os produtos aderem ao material, se transformando em uma espécie de sujeira. Isto atrapalha a capacidade de filtração do ar e reduzindo sua eficácia na hora de impedir a passagem de agentes patógenos como o coronavírus”, pontua. 
 
A recomendação é pelo uso de maquiagens com coberturas mais leves e que não tenham a textura muito cremosa (como batom líquido e gloss). O alerta também serve para qualquer tipo de produto que possa depositar impurezas na máscara, como loções pós-barba e produtos de skincare, que incluem protetor solar com base e cremes. O ideal é optar por aqueles produtos formulados em veículos mais leves, como séruns e géis. 
 
Vale lembrar que o aumento da acne no rosto dos adultos durante a pandemia também pode ter fator emocional. Natasha comenta que a acne ocasionada pela máscara deve ser tratada com  produtos dermatológicos a base de ácido salicílico ou peróxido de benzoíla, porém sempre seguindo recomendação médica após avaliação individual que vai identificar as causas e o tratamento assertivo, uma vez que muitas vezes medicações por via oral são necessárias.
 
A Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou um documento com dicas para prevenção e cuidado da pele para os profissionais de saúde que utilizam os Equipamentos de Proteção Individual, como óculos, máscara e luvas cirúrgicas, orientando os cuidados para quem já estiver com a pele lesionada.

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