IG 09h14
Com o detalhamento do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento pelo governo federal, o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic vem se tornando um consenso no mercado.
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Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban, dá como certa a elevação mais conservadora, em 0,5%.
Para Sardenberg, o controle da inflação ocupa o centro da agenda de curto prazo no governo da presidenta Dilma Rousseff. "Do ponto de vista monetário, haverá o início de um processo de elevação da Selic e novas medidas macroprudenciais para a expansão do crédito", avalia.
Apesar da análise, Sardenberg considera que o aumento de 0,75 ponto percentual seria uma "surpresa positiva". Mas aposta na elevação em 0,5% devido aos sinais que vêm sido dados pelo governo. "Não é o momento de ir lá e resolver a coisa no curto prazo."
O economista prevê ainda um cenário com uma política gradual de ajustes fiscais e alguma valorização cambial.
O anúncio dos cortes no Orçamento foi feito pelo governo dois dias antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para hoje. Como efeito imediato, houve uma queda de até nove pontos percentuais nas taxas de juros futuros, o que diminuiu o peso sobre o Copom e enfraqueceu a aposta de um aumento de 0,75 ponto percentual.
