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Quem esperava por uma revolução, naturalmente, se decepcionou. Quem aguardava por uma reformulação, depois de 18 anos no ar, teve motivos para gostar. Mais curto, mais leve, com novos integrantes e um tema fixo por semana, o “Casseta & Planeta” voltou à tela da Globo renovado, mas sem perder a sua essência.
Ancorado do Viaduto do Chá, em São Paulo, outra novidade, o programa de estreia girou em torno do universo das celebridades – tema tratado com ironia, mas sem rancor.
Diferentes atores da Globo participaram de quadros sobre o assunto. Susana Vieira mostrou como exterminar paparazzi. Edson Celulari abriu sua casa para os fãs e, melhor, riu deles. Daniel cantou: “famoso quando fica doente, ganha remédio de brinde e se interna na área vip”
As paródias de novelas da Globo ficaram para trás, como prometido, mas o novo “Casseta” não deixou de pagar pedágio à programação da emissora, com imitações de Luciano Huck e Angélica, menções ao “Fantástico”, ao “BBB” e ao “The Ultimate Fighter”.
O ator Gustavo Mendes estreou sua excelente imitação da presidente Dilma Rousseff. Em telefonema ao ministro da Fofoca Social, a presidente reclamou que não está aparecendo nas revistas de celebridades.
Para decepção de seus fãs, Maria Melilo fez aparição-relâmpago no novo programa. Já Miá Mello estreou fazendo uma jornalista, Mona Lesa, que lembrou demais a Teena, repórter adolescente que interpretou no “Legendários”, de Marcos Mion. Piadas sobre “corno” também não ajudaram muito ao esforço de renovação do “Casseta”.
O novo horário, às 23h30 de sexta-feira, deve permitir mais liberdade e ousadia aos humoristas nos próximos episódios. O “Casseta & Planeta” prometeu mudar, mas não virar uma outra coisa. Acho que disse a que veio.
