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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
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06 de Abril de 2020, 10h:11 - A | A

VARIEDADES / ESTUDO

Cientistas associam vacinação da BCG a menos casos de coronavírus

O Brasil tem um dos maiores índices mundiais de cobertura da vacinação, beirando os 100% da população.

SÓ NOTICIA BOA



Um estudo do Department of Biomedical Sciences da New York Institute of Technology, nos EUA, aponta para uma nova explicação sobre o motivo de a covid-19 se espalhar mais rapidamente em alguns países e menos em outros.

Segundo o estudo publicado neste final de semana na revista científica Merxiv , a explicação destas diferenças estaria ligada às diferentes políticas nacionais de vacinação infantil da BCG, Bacillus Calmette-Guerin.

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A vacina BCG, usada contra tuberculose, protege o organismo contra uma grande variedade de doenças pulmonares.

Países mais e menos afetados

Os cientistas compararam países que tem vacinação obrigatória de BCG contra países que não tem.

Os países mais afetados não tem vacinação obrigatório: China, Italia, EUA, Holanda, França, Espanha, etc.

Os países menos afetados são os que tem vacinação obrigatória, como o Brasil.

O Brasil tem um dos maiores índices mundiais de cobertura da vacinação, beirando os 100% da população.

E tem uma das mais baixas incidências de coronavírus entre os países ricos ou em desenvolvimento, em torno de 0,0573 mortes por milhão de habitantes – Atenção: isso não é um incentivo para que o brasileiro pare de tomar os cuidados de higienização e isolamento social. O SoNotíciaBoa defende que continuemos em resguardo, na medida do possível, até que haja 100% de garantia de vida.

Enquanto os EUA registraram quase 1,90,000 casos com mais de 4,000 mortes, a Itália tem 1,05,000 casos e mais de 12,000 fatalidades.

A Holanda registrou mais de 12,000 casos da doença e mais de 1,000 mortes.

Como uma das vacinas mais usadas no mundo, a vacina BCG existe há quase um século e tem se mostrado uma ferramenta eficaz na prevenção da meningite e da TB disseminada em crianças, disseram os pesquisadores dos EUA.

Acredita-se também que a inoculação ofereça proteção abrangente contra infecções respiratórias, que apresentam sintomas semelhantes aos do COVID-19, disseram eles.

Vacinação BCG

Quando os casos de tuberculose caíram no final do século 20, vários países de alta renda da Europa abandonaram suas políticas universais de BCG entre 1963 e 2010.

A equipe comparou as políticas de vacinação BCG de vários países com sua morbimortalidade COVID-19 e encontrou uma “correlação positiva significativa” entre o ano em que as políticas universais de vacinação BCG foram adotadas e a taxa de mortalidade do país.

Em outras palavras, quanto mais cedo uma política fosse estabelecida, maior a probabilidade de uma parcela significativa da população, principalmente os idosos, ser protegida, disseram os pesquisadores.

O Irã, por exemplo, que possui uma política atual de vacinação universal contra o BCG, iniciada em 1984, tem uma taxa de mortalidade elevada, com 19,7 mortes por milhão de habitantes, disseram eles.

Por outro lado, o Japão, que iniciou sua política universal de BCG em 1947, tem aproximadamente 100 vezes menos mortes por milhão de pessoas, com 0,28 mortes, segundo o estudo.

Os pesquisadores observaram que, entre os 180 países com dados do BCG disponíveis hoje, 157 países atualmente recomendam a vacinação universal ao BCG.

Os 23 países restantes interromperam a vacinação com BCG devido a uma redução na incidência de TB ou tradicionalmente favorecem a vacinação seletiva de grupos “em risco”, disseram eles.

Testes na Austrália

A publicação observou que pesquisadores australianos anunciaram recentemente planos para acelerar testes em larga escala para verificar se a vacina BCG pode proteger os profissionais de saúde contra o coronavírus.

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