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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

15 de Novembro de 2012, 16h:07 - A | A

VARIEDADES / SAÚDE MENTAL

Alzheimer precisa de diagnóstico precoce para conter danos

Ter em sua família alguém com Mal de Alzheimer pode ser extremamente doloroso e delicado, já que a doença faz com que o idoso se esqueça de quase tudo

ANA ADÉLIA JÁCOMO



O Mal de Alzheimer pode simplesmente varrer todo o mundo das histórias que ligam uma geração a outra.  Quem tem avós e/ou convive com parentes idosos sabe o quanto é gostoso sentar para conversar com eles sobre histórias do passado, relembrar fatos antigos e saber mais sobre membros da família. Em outras palavras: contemplar a sabedoria que eles adquiriram com o tempo. Além de nos levarem pelo túnel do tempo e arrancar boas risadas, os idosos são uma referência da nossa própria história.


O Alzheimer é uma enfermidade degenerativa que atinge as áreas da memória, aprendizado e coordenação motora do cérebro. Normalmente os sintomas começam com pequenos lapsos, esquecimento de compromissos do cotidiano e coisas recentes.

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Com o passar do tempo, os acometidos pela doença podem se esquecer de completamente tudo, inclusive dos filhos, da mulher ou marido, dos netos, dos fatos de sua vida recente e apenas guardarem na memória os acontecimentos mais antigos ou parte deles.


Ter em sua família alguém com Mal de Alzheimer pode ser extremamente doloroso e delicado. A filha de uma senhora de 73 anos que possui a doença, e preferiu não se identificar para resguardar a imagem da genitora, revelou que há cerca de três anos percebeu que a mãe começou a repetir insistentemente algumas perguntas do cotidiano e também, quando combinavam de sair, a senhora simplesmente não se arrumava, mesmo isso tendo sido determinado há poucos minutos.


“Ela dizia que não se lembrava de ter marcado que íamos sair”. Das coisas passadas, a idosa costuma se lembrar com mais freqüência, mas as coisas da semana passada, de ontem e de hoje lhe fogem à memória.


Até mesmo ações simples como tomar banho, escovar os dentes lhe são furtados da memória e precisam ser apontados como necessário. “Às vezes preciso lembrá-la de tudo isso. Ela fica sensível e tento entender. Mas tenho medo também. Pode ser que amanhã ela não me reconheça mais”.


A incompreensão dos próprios familiares, que normalmente começam a perder a paciência com as repetitivas perguntas e freqüentes esquecimentos, é um sério problema. A filha aponta que o Alzheimer prejudica muito o convívio familiar e social, mas também atinge em cheio os cuidadores que têm laços afetivos com o enfermo. “É muito difícil aceitar que a pessoa que você ama poderá te esquecer. É triste, mas há coisas piores. Acredito que Deus só coloca na sua vida o que você pode suportar”.


Segundo estudos, a doença apresenta três estágios: no primeiro, ainda há consciência e apenas alguns lapsos de memória são percebidos. Em Cuiabá, muitos costumam dizer que o idoso está "caducando", mas é preciso atenção, este pode ser o primeiro estágio do Alzheimer.


Já no segundo, a pessoa começa a apresentar esquecimentos mais graves, não recorda o próprio nome, a idade, tem medo de tomar banho e fazer novas amizades. O terceiro e último estágio do Alzheimer é mais severo e o idoso não come mais sozinho, torna-se dependente de fraldas, não anda e toda a memória é apagada.


Há duas formas de tratamento, o terapêutico – apenas com remédios – e a Arte com Terapia, que consiste em trabalhar com a rotina, ou seja, o paciente é submetido a fazer coisas exatamente iguais todos os dias, nos mesmos horários. Tudo para que consigam manter o controle sobre suas atividades por mais tempo.

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Regina 15/11/2012

Q boa materia. Tenho um pai com a doença em casa e me emocionei lendo essa entrevista.

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