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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

20 de Fevereiro de 2011, 12h:56 - A | A

POLÍTICA /

Pronto-Socorro de VG não tem condições sanitárias para funcionar



De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) as recomendações do órgão não foram seguidas e situação é muito pior que em Cuiabá

ROBERTA DE CÁSSIA 08h17
DA REDAÇÃO

A vistoria feita pela equipe de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia (CREA) constatou que se o pronto-socorro de Cuiabá é ruim, em Várzea Grande a unidade do município é muito pior. Somente o refeitório e o setor de administração estão dentro das normas.

Foram constatados problemas na estrutura física e sanitária do PSMVG e não há condições mínimas de segurança exigidas para atendimento aos pacientes e trabalho dos profissionais no local. A lista de itens em desacordo com as normas de funcionamento da Vigilância Sanitária e de engenharia e segurança do trabalho vão desde o armazenamento de água com caixas de PVC, falta de extintores de incêndio na cabine de gás, a acúmulo de materiais de construção entre outros.

"Depois que nossa comissão de engenheiros vistoriou o pronto-socorro constatamos que somente o setor administrativo e o refeitório dos funcionários podem ser considerados adequados para uso, limpos e dentro das normas da Vigilância Sanitária. O resto não tem condições", afirmou o engenheiro Givaldo Dias Campos, do CREA.

Ele disse que a situação é muito grave. "No setor de urgência e emergência existe somente um banheiro unisex para atender todas as pessoas que acompanham pacientes. Deficientes não tem vez, pois não existe acessibilidade no PS de Várzea Grande", denuncia.

O engenheiro informou que foi feita uma vistoria no dia 9 deste mês, após denúncia do Conselho Regional de Medicina (CRM) de que a obra do pronto-socorro estava sendo realizada sem o acompanhamento de um engenheiro civil. "Fomos até o local e constatamos que realmente não há engenheiro responsável na obra. Notificamos a Fundação de Saúde do município e demos 10 dias para que se adequasse. Voltamos agora para fiscalizar a mando do Ministério Público e continua sem engenheiro. O prazo terminou neste sábado, dia 19", lembrou.

Maquiagem - No pronto-socorro da Capital a vistoria realizada no início da semana levantou inúmeras irregularidades e a equipe técnica do conselho constatou que a reforma promovida até o momento no hospital e pronto-socorro é apenas estética.

O engenheiro do Crea explica que a acessibilidade do local é incorreta e há desconformidades no tamanho dos espaços para cada setor. "A UTI está fora do padrão no tamanho da sala e na distância das camas de um paciente para outro, não há no prédio as saídas de emergência e o fluxo de pessoas no local em corredores e salas de atendimento está incorreto".

São praticamente as mesmas falhas constatadas em 2008. Outra falta de conformidade está nos equipamentos respiradores que dão suporte aos pacientes. Na vistoria, os engenheiros constataram que estão funcionando "meia boca", ou seja, a instalação é precária, o que compromete o atendimento.

Gilvaldo Campos lembrou que outra preocupação do CREA é em relação aos aparelhos de ar condicionado do pronto-socorro, pois há três anos, na outra vistoria os engenheiros mecânico e de trabalho apuraram que o aparelho era retirado de uma ala com pacientes infectados e levado para outra ala com o perigo de contaminar outras pessoas.

Os relatórios dos problemas estruturais dos prontos-socorros das duas maiores cidades de Mato Grosso devem ser entregues ao Ministério Público em 15 dias.

 

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