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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
19 de Maio de 2024

07 de Maio de 2024, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / INÍCIO DO JULGAMENTO

Vítima de guia espiritual preso: "Mexeu com a minha fé e confiança na honestidade das pessoas"

O suspeito atraía as vítimas através de redes sociais prometendo amparo espiritual em sua sessões

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



O início do julgamento do guia espiritual Luiz Antônio Rodrigues Silva acontece nesta terça-feira (7), na 8º Vara Criminal de Cuiabá, no Fórum da Capital.  Ele foi preso no dia 5 de setembro de 2023 acusado de abusar sexualmente de sete mulheres, dentre  elas uma menor de idade. Uma das vítimas contou ao RepórterMT que os abusos mexeram com sua fé e confiança na honestidade das pessoas.

A advogada Karime Dogan, que faz a defesa de quatro das vítimas, contou à reportagem que espera que essa audiência seja a continuação na busca por Justiça e reparação que se iniciou em 2023, quando cada uma das vítimas teve a coragem de denunciar, após um longo período de silêncio e coação.

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“A coragem demonstrada por cada uma das vítimas ao denunciar o crime não pode ser subestimada, e é importante que elas sejam tratadas com respeito e sensibilidade durante todo o processo judicial”, disse à reportagem.

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Uma das vítimas contou que, após os abusos, ela não consegue encontrar uma casa de axé, pois sua confiança em líderes espirituais foi profundamente abalada.

“Já basta todas as questões que preciso enfrentar enquanto mulher e lésbica, utilizar do sagrado tão particular para se aproveitar... Minha esperança na justiça se mantém por isto. Independentemente do que ele achava que era certo e, do que eu não havia percebido que estava acontecendo no momento”, declarou a vítima, que terá o nome preservado.

Já outra vítima relatou que teme que o suspeito seja colocado em liberdade, porque acredita que ele irá continuar com as mesmas atitudes.

“O sentimento maior além da ansiedade é o medo, medo de que ele seja solto. Maior parte do tempo penso o que ele pode fazer, e o quanto a gente está vulnerável com ele fazendo tudo quando estava nas ruas. A justiça precisa ser feita e precisamos ser escutadas porque ninguém procurou pelo o que ele fez”, disse a vítima.

Por fim, a advogada acredita que a sentença condenatória contra o suspeito é uma medida importante para garantir a segurança das vítimas e uma forma de evitar que o agressor possa cometer novos crimes.

"A defesa e as vítimas esperam que a audiência transcorra de forma justa e que, ao final, a justiça seja feita por essas meninas que tiveram força para denunciar e por todas as outras que não conseguiram realizar as denúncias", declarou. 

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