MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
Após a força-tarefa da Operação Elison Douglas efetuar a retirada de tomadas das celas da Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, os criminosos conseguiram fazer “gatos na rede de energia” por meio da instalação dos ventiladores, para carregar aparelhos celulares.
A gambiarra foi descoberta por agentes penitenciários do Grupo de Intervenção Rápida, que atua na PCE, na semana passada.
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O caso ocorre no período em que o presídio passa por uma operação de reforma interna, para que haja readequação das celas, como retiradas as tomadas. Com isso, os ventiladores foram colocados na parede com fiação interna. A mudança aconteceu depois que a força-tarefa fez a limpeza da PCE, no último dia 12 agosto, e apreendeu celulares, drogas, armas, entre outros objetos, para acabar com as regalias dos detentos.
Veja o vídeo:
Segundo apurou o , todos os presidiários envolvidos no roubo de energia foram retirados para a quadra do presídio. Em seguida houve uma revista nos pertencentes guardados nas celas, onde foi encontrado celulares e carregadores.
Os presos estão há 24 dias sem comunicação externa, sendo assim, tentam de todas as formas encontram uma maneira de fazer contato com o "mundo externo".
O Grupo de Intervenção Rápida vem desmantelando as organizações e atos criminosos orquestrados dentro do presídio. Na semana passada, os agentes aprenderam livros de contabilidade e os registros dos golpes da facção criminosa Comando Vermelho.
Operação
Uma grande operação foi deflagrada pelo Segurança Pública do Estado (Sesp) para tirar regalias de presos na PCE, unidade considerada de segurança máxima, em Cuiabá.
A ação ocorre em sigilo, desde a segunda-feira (12), para fortalecer o enfretamento contra os crimes dentro da unidade prisional. A Sesp ainda não divulgou relatório com informações da Elison Douglas.
Segundo o Sindspen, a ação é uma resposta ao pedido de socorro da categoria de agentes prisionais após a execução do agente Elison Douglas, em Lucas do Rio Verde (333 km de Cuiabá), em 30 de junho.
A Polícia Judiciária Civil confirmou que o agente prisional foi vítima de uma emboscada. Ele foi morto com pelo menos 20 tiros no momento em que chegava em casa, no bairro Tessele Júnior. Um menor confessou a autoria do crime e disse que tinha uma desavença com o servidor. A polícia, no entanto, também tem como linha de investigação uma suposta ordem para matar Elison, que teria partido de dentro da cadeia.