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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

05 de Maio de 2011, 19h:40 - A | A

POLÍCIA /

PM que matou estudante durante simulação é condenado a 3 anos



DA REDAÇÃO  17h00

O soldado da Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT) Cleber dos Santos Souza foi condenado a 3 anos e 4 meses de prisão, pelo homicídio culposo de Luiz Henrique Dias Bulhões, de 13 anos. A decisão é do juiz da Segunda Vara Criminal da Rondonópolis, Marcos Faleiros da Silva.

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O crime aconteceu em 26 de maio de 2007, durante uma simulação de operação do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar. Eles simulavam uma ação anti-sequestro em um ônibus. Dezenas de estudantes de escola pública participavam do lado de fora. A arma do soldado levava munição real.

Durante a simulação houve disparos de armas de fogo, porém, em vez de munições sem ofensividade, destinadas aos combates simulados, foram usadas munições reais, vindo a atingir várias pessoas, entre elas o adolescente Luiz Henrique Bulhões, que morreu após ser atingido por um tiro na cabeça.

A pena, que deverá ser cumprida inicialmente em regime aberto, foi substituída por duas restritivas de direitos, a serem deliberadas pelo Juízo das Execuções Criminais competente, devendo o réu aguardar em liberdade o trânsito em julgado da sentença. Eles podem recorrer da decisão.

Na decisão, o magistrado sustentou que o disparo que matou o jovem de 13 anos foi efetivado pelo acusado, ficando evidenciada a autoria pelas provas periciais. No entanto, o magistrado entendeu que o homicídio evidenciou a culpa do acusado, mas não configurou dolo.

O magistrado ressaltou ainda que o local do crime não foi preservado pelas autoridades da Polícia Militar que comandavam a simulação e as provas foram removidas e encaminhadas ao Batalhão da PM antes da criminalística, havendo inclusive subtração de provas, tais como os alvos do fundo do ônibus, cartuchos e buchas das munições utilizadas, que seriam importantes para a elucidação do caso.

Concluiu ainda o magistrado, baseado nos depoimentos dos policiais militares que participaram da simulação, que o Comando local estava mais preocupado com o "espetáculo", sem qualquer atenção à possibilidade de risco à população. (com assessoria)

 

 

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