MAYARA MICHELS 09h48
DA REDAÇÃO
As investigações que irão apontar o motivo da morte do jornalista Auro Ida, de 53 anos, foram suspensas devido à greve da polícia civil, na manhã desta sexta-feira (22). Segundo informações do delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Antônio Garcia, as primeiras investigações apontam para um crime passional. "A polícia investigou o caso durante toda a madrugada e procurou o autor dos tiros e o mandante do crime. Como ninguém foi localizado, as investigações foram suspensas devido ao estado de greve dos policiais", afirmou Garcia.
Auro Ida estaria namorando há um mês, com uma jovem de 19 anos. Na noite desta quinta-feira (21) eles teriam ido a um shopping junto com o cunhado. Ao deixa-lo em sua residência, no bairro Jardim Fortaleza, o casal ficou namorando dentro do carro. Após alguns minutos, um homem chegou de bicicleta, bateu no vidro, e pediu para que a jovem saísse do carro e entrasse na residência. Assim que a moça entrou na casa, cinco tiros foram disparados contra o jornalista, apenas três o acertaram.
Segundo informações da DHPP, o jornalista morreu na hora. Vizinhos contaram para a policia que a jovem teria se divorciado há 3 meses e que o ex-marido não estaria aceitando a separação. Policiais então foram até uma lan hause de propriedade do ex-marido. "Ele (ex-marido) estava no local, conversou com a polícia, não demostrou nervosismo e se mostrou disposto a ajudar nas investigações. Como não havia indícios de sua participação, foi liberado", afirmou Garcia.
Durante as primeiras investigações feitas no local, duas mulheres moradoras do Jardim Fortaleza chamaram a atenção pela emoção e as palavras de amor com que se referiam ao jornalista, sendo que uma delas, segundo a polícia, dizia a todo o momento que tinha um filho com ele.
Segundo a DHHP, caso se confirme que o ex- marido da jovem não tenha sido o mandante, o crime pode ter ocorrido por relacionamentos passados que o jornalista teve no bairro.
QUEIMA DE ARQUIVO
Para Garcia, as suspeitas de que o crime poderiam ser uma queima de arquivo são poucas, já que o mesmo nunca ouviu o nome de Auro Ida envolvido em escândalos ou denuncias e nem inquéritos contra ele. "Acho pouco provável que seja uma queima de arquivo, do jeito que ocorreu o assassinato está mais para crime passional", afirmou o delegado.
VELÓRIO
O velório será realizado a partir das 13h na Capela Jardins, na sala Orquideas.
