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Cuiabá, 07 de Maio de 2024
07 de Maio de 2024

05 de Setembro de 2010, 12h:36 - A | A

POLÍCIA /

Ladrões "elegem" seis bairros da Capital para assaltos

Diario de Cuiaba



da redação

O que têm em comum os bairros Santa Rosa, Jardim Cuiabá, Califórnia, Shangri-lá, Europa e Boa Esperança. Além de ter casas de classe média alta, são os mais cobiçados pelos ladrões que invadem residências, fazem famílias reféns e roubam pertences, conforme informações da polícia. Mesmo muros altos e cerca elétrica não são obstáculos para assaltantes na Capital.

Moradores desses bairros estão contratando a figura do “olheiro” para ficar observando a chegada de pessoas estranhas no bairro e acionar a polícia. O bairro Boa Esperança já tem seus olheiros – uma figura inspirada nos traficantes que colocavam uma pessoa para ficar em local estratégico observando a chegada da polícia.

“Só que esse olheiro não está a favor dos criminosos. Ao contrário. É para identificar assaltantes”, destacou o delegado Hamilton César de Camargo, da Delegacia de Complexo do Verdão. O olheiro já conseguiu evitar muitos assaltos, pois fica em contato direto com a polícia. Qualquer situação anormal é comunicada, como informa a polícia. Nas ruas em que o olheiro presta serviços os moradores garantiram que não existe assalto.

Ele é pago pelos moradores do bairro e é conhecido como “guarda de rua”, mas com uma função mais específica que é observar pessoas estranhas e suspeitas de praticar assaltos. Uma das vantagens é de ele não trabalhar armado.

Segundo a polícia, nos bairros citados, os ladrões passam em frente à casa que será assaltada ou ficam à espera de alguma pessoa sair ou chegar ao local. “É aí que entra o olheiro, para evitar esse esquema, o mais comum usado pelos assaltantes”, explicou o delegado.

Um levantamento informal realizado pela polícia aponta que bairros como Jardim Califórnia, Shangri-lá, assim como o Santa Rosa, Jardim Cuiabá, Jardim Europa e Boa Esperança são os mais visados pelos bandidos. Estes quatros bairros ainda não têm os olheiros.

A delegacia recebe em média 800 boletins de ocorrências – entre roubos e furtos (quando não existe violência) – incluindo a região Central. Cerca de 100 – ou três por dia – são de assaltos a casas localizadas em bairros de classe média. Poucos roubos são esclarecidos e, quando os bandidos são presos, dificilmente os produtos ou dinheiro são recuperados.

Segundo o delegado, as casas nesses bairros são enormes e passam a impressão de que os proprietários têm muitos bens. “Tanto que os ladrões chegam a casa querendo saber onde está o cofre com joias, dinheiro e dólares. E isso nem sempre é a realidade, pois nem todos os proprietários de casas têm um cofre recheado”, frisou.

Hamilton César lembrou que os ladrões são oportunistas, pois, como não conseguem pular o muro, esperam o portão da casa abrir – ou com a chegada do proprietário ou de alguém para abrir o portão e sair, ou jogar o lixo. “Geralmente quando o portão abre, o alarme está desligado, deixando a pessoa vulnerável”, acrescentou.

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