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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

24 de Junho de 2019, 15h:45 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO MANTUS

Juiz mantém prisão de rival de Arcanjo e outros 5 por jogo do bicho

Todos são do grupo liderado por Frederico Müller que teve outras 19 pessoas detidas na Operação Mantus.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



O juiz orge Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá manteve as prisões do principal rival de João Arcanjo Ribeiro no jogo do bicho em Mato Grosso, Frederico Muller Coutinho e outras cinco pessoas.

A decisão circula no Diário Oficial e Justiça, desta segunda-feira (24). Além de Frederico, também foram mantidas as prisões de Rosalvo Ramos de Oliveira, Glaison Roberto Almeida da Cruz, José Carlos de Freitas, João Henrique Sales de Souza e Haroldo Clementino Souza.

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Todos foram presos após a deflagração da Operação Mantus, no dia 29 de maio. O processo está em segredo, mas, conforme o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), esses que tiveram prisão mantida são do grupo liderado por Frederico.

Além destes cinco, o grupo de Frederico abrange 19 pessoas detidas na Operação Mantus.

Operação Mantus

A operação cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar. As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações, conforme a polícia, era liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra era liderada por Frederico Müller Coutinho.

O comendador

João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, sendo o maior “bicheiro” do Estado, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de reais em impostos, entre outros crimes.

No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.

O comendador II

O empresário Frederico Müller Coutinho é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes, que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa. Müller trocava cheques no esquema e chegou a passar dinheiro para o então braço direito do ex-governador. Os cheques teriam sido emitidos como parte de um suposto acordo de pagamento de propina ao grupo político do ex-governador.

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