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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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03 de Maio de 2016, 17h:24 - A | A

POLÍCIA / "FACÇÃO DA LICITAÇÃO"

Empresários investigados tinham até pistola de uso restrito em casa

Oito armas foram apreendidas, entre elas uma psitola Magnum calibre 22, que é de uso restrito das Forças Armadas e estava em posse do empresário Giovani Guizardi, apontado como o líder do esquema.

MARCELO FERRAZ
DA REDAÇÃO



Oito armas consideradas irregulares foram apreendidas pelos agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaego), durante o cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão,  realizados na Operação Rêmora, desencadeada na manhã desta terça-feira (03). Entre as apreensões consta até uma pistola Magnum, calibre 22, que é de uso restrito das Forças Armadas. A pistola estava na casa do empresário Giovani Guizardi. No local também foram aprrendidos um revólver calibre 38 e uma pistola 380. O empresário é apontado como líder do esquema de fraudes à licitações de obras da Secretaria de Educação do Estado (Seduc).

Uma pistola Magnum, calibre 22, que é de uso restrito das Forças Armadas foi apreendida na casa de Giovani Guizardi. Ele também tinha a posse de um revólver calibre 38 e uma pistola 380.

Já na casa do ex-deputado Moisés Feltrin, que atua no ramo de empreiteiras, e que é apontado como membro do esquema, o Gaeco apreendeu três armas, sendo dois revólveres de calibre 38, uma pistola 380 e munições de uso restrito. Todas as armas estavam sem registro junto à Secretaria de Segurança Pública (SESP) e por esse motivo, ao invés de ser apenas conduzido coercitivamente para prestar depoimento, conforme a determinação judicial acabou sendo preso.

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Outro empresário que do ramo de construções que foi detido por ter armas irregulares apreendidas em sua residência foi Joel Barros Fagundes Filho. No local foram encontradas três armas sem registro, sendo um revólver de calibre 38, uma pistola 357 e outra de calibre 635. O empresário foi levado para o Gaeco, acompanhado do advogado Ulisses Rabaneda, mas nenhum deles quis comentar o assunto com a imprensa.   

Outro empresário que do ramo de construções que foi detido por ter armas irregulares apreendidas em sua residência foi Joel Barros Fagundes Filho. Um revólver calibre 38 e duas pistolas que estavam sem registro.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, tanto Feltrin como Joel devem ser encaminhados para o Centro de Custódia da capital, devido as armas irregulares apreendidas. 

Os três são acusados como membros do grupo criminoso de 23 empresários, que fraudaram licitações de construção e reforma de escolas públicas, desde outubro de 2015. As obras tinham contratos que custavam entre R$ 400 mil a R$ 6 milhões.

O ESQUEMA

As investigações apontam que a organização criminosa era composta também por três servidores da Seduc que forneciam informações privilegiadas sobre as licitações que estariam por vir e tratavam de "esquentar" os processos fraudulentos dentro da Secretaria. 

O MPE pediu a prisão preventiva de Wander Luiz dos Reis, Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva, que são os servidores da Seduc apontados como o núcleo  de agentes públicos. Para agilizar os processos eles receberiam entre 5% e 3 % de propina sobre o valor do contrato. 

Além disso, segundo o Gaeco, há também o núcleo de operação formado pelos interlocutores do esquema, ou seja, captadores e fornecedores de propinas. . Segundo demonstra o MPE, Giovani Bellato Guizzardi, Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães seriam os mandatários dos servidores públicos – os encarregados de fazerem os contatos diretos com os que faziam parte do terceiro núcleo, o dos empresários. Estes são acusados de receber a propina e, posteriormente, irrigar o sistema para que as fraudes ocorressem durante os certames públicos na Seduc.   

O MPE informou que as investigações apontaram nomes de empresários conhecidos no ramo da construção civil que estariam envolvidos no esquema, como Luiz Fernando da Costa Rondon, Leonardo Gui Rodrigues, Moises Feltrin, Joel de Barros Fagundes Filho, Esper Haddad Neto, José Eduardo Nascimento da Silva, Luiz Carlos Ioris, Celso Cunha Ferraz, Ricardo Augusto Sguarezi, Clarice Maria da Rocha, Eder Alberto Francisco Meciano e Dilermando Sergio Naves. Todos são acusados de negociar propinas com os operadores do esquema.  

Reprodução

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

 Veja quem era quem no esquema.

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