MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O cuiabano Joacy Oliveira Curado, de 43 anos, procurou a Polícia Civil após ter o carro Fiat Palio vinculado a uma postagem de denúncia falsa no Facebook, de sequestro de crianças para ritual de magia negra em Cuiabá e Várzea Grande.
No boletim de ocorrência, na última terça-feira (9), ele contou aos policiais militares que ficou surpreso ao ver a foto de seu veículo em vários perfis do Facebook e em grupos de WhatsApp, acompanhada de um áudio de uma mulher: “Cuidado, esse veículo preto fica parado na porta das escolas de Cuiabá e Várzea Grande vigiando as crianças para depois sequestrá-las”.
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Joacy afirmou aos investigadores ser vítima de fake News porque seu carro estava em um lava jato quando percebeu que uma mulher o fotografou. O homem acusa essa pessoa, que ainda não foi identificada, de ser responsável por divulgar a informação falsa na internet.
“A Polícia Civil reitera que todas as ocorrências oficiais serão imediatamente checadas e aqueles casos identificados comprovadamente como falsos, as pessoas poderão responder por comunicação falsa de crime ou denunciação caluniosa”, destacou.
Joacy disse estar preocupado, pois, não sabe se a placa do carro foi clonada ou se teve dados do veículo usados indevidamente.
A Polícia Civil informou que vai periciar o carro de Joacy. Destacou, ainda, que até o momento foi registrado apenas uma tentativa de sequestro.
Nesta denúncia, feita por uma mãe, um criminoso tentaram levar sua filha enquanto ela passava por um ponto de ônibus, no Residencial Aricá, em Cuiabá.
Quanto aos demais casos de ritual de magia negra com crianças, divulgados por meio de posts que circularam nas redes sociais, os investigadores destacaram que a informação provavelmente é falsa.
Todas as informações compartilhadas nas redes, referente a este assunto está sendo investigada pela Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat).
“A Polícia Civil reitera que todas as ocorrências oficiais serão imediatamente checadas e aqueles casos identificados comprovadamente como falsos, as pessoas poderão responder por comunicação falsa de crime ou denunciação caluniosa”, destacou em um comunicado enviado à imprensa.
Confira a nota da Polícia Civil na íntegra:
Supostos sequestros de crianças
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso informa que acompanha, por meio da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), a onda de notícias supostamente falsas, compartilhadas em redes sociais (whatsapp e facebook) referente à sequestro de crianças em bairros de Cuiabá e Várzea Grande.
A Polícia Civil reitera que todas as ocorrências oficiais serão imediatamente checadas e aqueles casos identificados comprovadamente como falsos, as pessoas poderão responder por comunicação falsa de crime ou denunciação caluniosa.
A instituição informa que não há nenhum registro criança desaparecida na região metropolitana.
Referente aos supostos sequestros, até o momento, apenas um registro foi identificado, em Cuiabá, onde a uma mãe narra que tentaram levar sua filha enquanto passava por um ponto de ônibus, na região do Residencial Aricá, em Cuiabá. A mulher foi ouvida, nesta quarta-feira (10), na Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) e manteve a informação noticiada em boletim de ocorrência.
A Especializada buscará por imagens de câmeras de segurança da localidade e eventuais testemunhas, para identificar a suposta sequestradora, que segundo a comunicante/vítima contava com apoio de Pálio Preto. Um retrato falado também será confeccionado.
Outra comunicação, feita nesta quarta-feira (10), refere-se ao proprietário de um veículo Fiat Pálio, ano 2008/2009, verde, que informou à Polícia Civil, em boletim de ocorrência, que seu carro foi fotografado e apareceu em uma postagem feita por uma mulher, vinculando aos supostos sequestros de crianças. O comunicante também será ouvido na Deddica, podendo ser requisitada perícia no veículo.
A Polícia Civil reforça que todos os casos estão sendo investigados para o total esclarecimento dos fatos e, assim, dar uma resposta à população, especialmente, acalmar as mães sobre as notícias falsas que viralizaram nos últimos dias nas redes sociais.
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