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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
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25 de Maio de 2017, 11h:00 - A | A

POLÍCIA / CASO DOS "GRAMPOS"

Coronel se declara suspeito e desiste de investigar ex-comandante da PM

Denézio Pio da Silva argumenta que já atuou como advogado do coronel Zaqueu Barbosa em outros casos. A tendência é que outro coronel da reserva seja indicado.

LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO



O coronel da reserva da Polícia Militar, Denézio Pio da Silva desistiu de presidir o Inquérito Policial Militar (IPM), que apura a conduta de policiais acusados de envolvimento em um esquema de escutas telefônicas ilegais, que tem o ex-comandante da PM, o coronel Zaqueu Barbosa, apontado como mandante.

A informação foi confirmada ao pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Jorge Luiz Magalhães.

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De acordo com Magalhães, Denézio já teria atuado como advogado do coronel Zaqueu Barbosa, em outros casos e por isso teria se considerado suspeito para presidir o inquérito dos 'grampos' clandestinos.

O coronel Zaqueu Barbosa está preso desde a terça-feira (23), no Batalhão de Operações Especiais (Bope), em Cuiabá, por força de mandado de prisão, expedido pelo juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá.

O comandante geral da Polícia Militar avalia outro nome para presidir o inquérito e substituir Denézio. A tendência é que o novo indicado também seja um coronel da reserva.

Entenda o caso

O caso dos 'grampos' clandestinos foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, ex-secretário de Segurança do Estado. Ele afirma que o sistema era operado pela Polícia Militar, de 2014 a 2015, com o conhecimento do então comandante-geral, Zaqueu Barbosa.

O juiz Marcos Faleiros também determinou a prisão do cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correa Junior, apontado como operador do sistema ilícito. Ele está detido no Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), também desde a última terça-feira.

De acordo com Faleiros, foi o cabo Gerson Luiz quem fez o pedido à Justiça para interceptar números de linhas telefônicas, justificando que seriam de pessoas ligadas à uma rede de tráfico internacional de drogas. O cabo atuava no Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. Atualmente ele estava lotado na Casa Militar do Estado.

O magistrado entendeu que as prisões são necessárias, uma vez que os militares possuem influência e poderia atuar no encobrimento das provas.

"O Coronel Zaqueu e o CB Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior já exerceram funções dentro do GAECO, Comando Geral e na Casa Militar. Ambos têm influências no próprio GAECO, Casa Militar e na cúpula da PM, o que facilita, e muito, o encobrimento das provas do crime. Importante salientar que o CB Gerson continua trabalhando na Casa Militar, e tem acesso ao software e hardware de interceptação militar, o que facilita ingressar no sistema para consumir, apagar e/ou destruir provas/indícios de crime. Aqui a prisão preventiva é necessária por conveniência da instrução criminal", argumentou Marcos Faleiros, em trecho da decisão.

Em sua decisão, o magistrado destaca que o ex-comandante da PM "mantinha contato pessoal com magistrados para viabilizar os grampos clandestinos, como também do CB PM Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, responsável por formalizar os pedidos, prorrogações e relatórios de inteligência dos grampos militares ilegais à Justiça”.

O esquema de escutas ilegais, conhecido como “barriga de aluguel”, usou uma investigação que apontava suposto esquema de tráfico de drogas internacional, com participação de policiais militares, para 'grampear' linhas telefônicas de políticos, advogados, agentes públicos e jornalistas.

 

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fenix 25/05/2017

TEM QUE PRENDER O CABEÇA DE CEBOLA, PEDRO TAQUES. NA CABEÇA DE QUEM CABE QUE UM CORONEL VAI GRAMPEAR TELEFONE DE JANAÍNA RIVA, MUVUCA E CIA LTDA. QUAL INTERESSE? AGORA O CABEÇA DE CEBOLA TEM RAIVA DE JANIR, MUVUCA E CIA LTDA. TEM QUE POR ESSE DÉSPOTA NA CADEIA.

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