RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Após a prisão do ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu, o governador Pedro Taques (PSDB) nomeou o coronel da reserva Denézio Pio da Silva para comandar o inquérito que apura a suposta série de escutas ilegais coordenada pela corporação.
A determinação consta na edição do Diário Oficial do Estado que circula nesta quarta-feira (24).
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O caso dos 'grampos' clandestinos foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, ex-secretário de Segurança do Estado. Ele afirma que o sistema era operado pela Polícia Militar, de 2014 a 2015.
O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou, na terça-feira (23), a prisão do coronel Zaqueu o apontando como mandante do sistema de escutas telefônicas clandestinas.
Também foi determinada a prisão do cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correa Junior, apontado como operador do sistema ilícito.
O juiz representou pela prisão alegando que ambos poderiam destruir provas.
"O Coronel Zaqueu e o CB Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior já exerceram funções dentro do GAECO, Comando Geral e na Casa Militar. Ambos têm influências no próprio GAECO, Casa Militar e na cúpula da PM, o que facilita, e muito, o encobrimento das provas do crime. Importante salientar que o CB Gerson continua trabalhando na Casa Militar, e tem acesso ao software e hardware de interceptação militar, o que facilita ingressar no sistema para consumir, apagar e/ou destruir provas/indícios de crime. Aqui a prisão preventiva é necessária por conveniência da instrução criminal", argumentou Marcos Faleiros, em trecho da decisão.
Em sua decisão, o magistrado destaca que o ex-comandante da PM "mantinha contato pessoal com magistrados para viabilizar os grampos clandestinos, como também do CB PM Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, responsável por formalizar os pedidos, prorrogações e relatórios de inteligência dos grampos militares ilegais à Justiça”.
Após audiência de custódia, no Fórum da Capital, o ex-comandante ficou detido no Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) e o cabo foi encaminhado para o Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Metropolitana (Rotam).
O esquema de escutas ilegais, conhecido como “barriga de aluguel”, usou uma investigação que apontava suposto esquema de tráfico de drogas internacional, com participação de policiais militares, para 'grampear' linhas telefônicas de políticos, advogados, agentes públicos e jornalistas.
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Gilstinho 24/05/2017
Este Pio da Silva, tem conhecimento jurídico e atua com advogado ha muito tempo. Homem honrado que mora em casa simples. Que baita abacaxi ele tem que descascar com transparência publica. Esperamos dele o não corporativismo já que ambos são coronéis.
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