MAYARA MICHELS 18h39
DA REDAÇÃO
O agente prisional, Weslei da Silva Santos, de 24 anos, morto na tarde desta segunda-feira (20) dentro da Penitenciária Central do Estado, antigo Presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, pode ter sido alvejado por um tiro disparado pela policia. Segundo a delegada que investiga o caso, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Anaíde Barros, os detentos estavam armados apenas com chuços (armas artesanais), e durante a entrada da polícia para conter a rebelião, ocorreram mais de cinco tiros, todos disparados pela polícia.
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Segundo um servidor do Instituto Médico Legal (IML), que não quis se identificar, o agente teve várias perfurações no corpo, entre elas há uma perfuração que suspostamente seria de tiro. Entretanto, o médico legista do IML, Jorge Caramuru, disse que a informação não pode ser confirmada. A causa da morte foi perda sanguínea excessiva. "Há possibilidade de ter sido baleado sim, porém ainda não conclui o laudo e ainda é cedo para afirmar essa situação", disse.
A delegada também não quis se pronunciar sobre a perfuração de bala que o agente pode ter recebido.
Segundo ela apenas cinco pessoas prestaram depoimentos, todas testemunhas. Os policiais do Grupo de Contensão da Polícia Militar, que tentaram conter a rebelião e efetuaram os tiros no local que atingiu três detentos e supostamente o agente, ainda não prestaram depoimento.
As primeiras investigações, de acordo com as testemunhas, cerca de 40 detentos estavam sendo encaminhados para a sala da Defensoria Pública, quando pegaram dois agentes como reféns. Um deles conseguiu fugir e o Weslei da Silva Santos, que estava calmo, foi agredido pelos detentos. Com isso, os policiais do Grupo de Contensão, invadiram o local efetuando vários tiros.
Segunda o coronel Medeiros da Polícia Militar, a polícia só irá se pronunciar e tomar alguma atitude depois do resultado do laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). A previsão é que fique pronto em 10 dias. "Sem o laudo oficial não vamos se pronunciar nenhuma atitude e nem se pronunciar sobre o assunto", afirmou Medeiros.
