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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

11 de Maio de 2017, 15h:14 - A | A

PODERES / XINGOU O ZELADOR

TJ arquiva investigação contra juiz acusado de racismo

O juiz da Comarca de Campo Novo dos Parecis, Alexandre Delicato Pampado, teria sido impedido de visitar a construção do seu apartamento no Condomínio Bonavita e foi acusado de chamar o funcionário de "zelador de merda"

ALCIONE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO



O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Rui Ramos, arquivou a investigação contra o juiz da Comarca de Campo Novo dos Parecis, Alexandre Delicato Pampado. O parecer pelo arquivamento foi do Ministério Público Estadual (MPE) e o procedimento correu sob segredo de justiça.

A investigação foi aberta pela Corregedoria do TJ para apurar a conduta do juiz, que se envolveu, em 31 de maio de 2015, em incidente na entrada do Condomínio Bonavita, no bairro Jardim Aclimação, em Cuiabá.

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Ele foi impedido por funcionários de visitar a construção do seu apartamento em uma das torres e teria ofendido o funcionário, Haino Fábio Siqueira Pinheiro, o chamando de “zelador de merda”.

No depoimento, Haino disse à Polícia Civil, que o juiz ainda teria perguntado “como uma pessoa da sua cor consegue resolver as coisas?”.

O síndico do residencial, André Luis Baby, ainda acusou o magistrado de suborno, já que teria o flagrado preenchendo um cheque.

Baby, ao questionar se o juiz estaria comprando a testemunha e pontuar o motivo de não autorizar a entrada, contou que o juiz teria se identificado como Alexandre, juiz de direito, e que disse que lhe daria voz de prisão. O chamando, em seguida, de "síndico de merda".

O síndico afirmou, na época, que viu quando o encarregado da obra questionou o juiz sobre o cheque ter fundos. Segundo ele, Alexandre teria dito: "Ô idiota, eu uso Rolex e minha conta tem limite de R$ 100 mil".

Os delegados da Polícia Civil, Daniel Rozão Vendramel e Gustavo Garcia Francisco, moradores do condomínio, foram conversar com o magistrado, para que retirasse o carro da frente do portão, pois estava atrapalhando a entrada e saída.

Alexandre se recusou e Gustavo o imobilizou com uma “gravata”, tomando a chave do carro e a entregando para o delegado Daniel retirar o veículo. 

Após o delegado "destrancar" o portão, a chave foi devolvida ao magistrado que alegou, em nota enviada ao RepórterMT, à época, ter sido vítima de uma agressão. No entanto, o juiz reconheceu estar “tenso”.

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