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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

23 de Junho de 2017, 10h:40 - A | A

PODERES / R$ 80 MILHÕES PARA A SAÚDE

Taques diz que oposição faz 'politicalha' ao criticar remanejamento para saldar dívidas

A proposta da transferência dos recursos da emenda de bancada, do novo Pronto-Socorro de Cuiabá para a saúde pública, surgiu em reunião dos parlamentares da bancada federal com o governador Pedro Taques, em Brasília.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O governador Pedro Taques (PSDB) teceu duras críticas a parlamentares da bancada federal de Mato Grosso, que estão se opondo ao remanejamento da emenda de R$ 80 milhões, que seria destinada à compra de equipamentos do novo Pronto-Socorro de Cuiabá, para saldar dívidas da saúde pública do Estado.

Segundo Taques, o discurso de que com a utilização dos recursos na saúde, o Pronto-Socorro não será concluído, é politiqueiro.

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“Imagine se vou fazer o Pronto-Socorro e deixar fechado! Isso é coisa de quem quer fazer politicalha com a saúde de Mato Grosso. É discurso politiqueiro”, disse o governador, no início da noite de quinta-feira (22), durante reunião com os vereadores de Cuiabá.

A proposta da transferência dos recursos da emenda de bancada surgiu em reunião dos parlamentares com Taques, em Brasília. O Governo Federal já disponibilizou os recursos, porém cabe à bancada solicitar o remanejamento para o custeio da Saúde.

“Imagine se vou fazer o pronto-socorro e deixar fechado! Isso é coisa de quem quer fazer politicalha com a saúde de Mato Grosso. É discurso politiqueiro”, disse o governador.

Alguns dos deputados e senadores, porém, se mostraram reticentes à transferência, alegando que com a inauguração do Pronto-Socorro prevista para abril de 2018, não haverá tempo hábil, nem recursos disponíveis para a compra dos equipamentos hospitalares.

Pedro Taques, no entanto, afirmou que o Estado tem como garantir a compra dos equipamentos, por meio de recursos próprios quando for necessário.

“Quero ressaltar a importância da bancada em nos trazer dinheiro, mas sem politicalha. O momento agora não é de pensar em eleição, é de pensar em resolver a saúde pública. O dinheiro, vem para a conta do Estado, de qualquer forma, mas precisamos da bancada para que possamos utilizá-lo na saúde, por isso, não gostaria de politizar esse assunto”, declarou.

“Cuiabá passou 31 anos sem construção de qualquer hospital. Nós iniciamos a construção do Pronto-Socorro e agora tem gente que quer pegar carona nisso”, criticou o governador.

Ele também comentou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), não se opõe à transferência dos recursos.

“Tenho conversado com o prefeito Emanuel e não há divergências a esse respeito. Vamos terminar esse hospital, é um compromisso que será cumprido. Vamos terminar e para desespero de muitos, vamos equipar”, concluiu Taques.

“Empréstimo”

O secretário de Estado de Comunicação, Kleber Lima, explicou que os R$ 80 milhões da emenda, serão uma forma de “empréstimo” à Saúde e que a devolução dos recursos poderá ser garantida na Lei Orçamentária Anual de 2018.

“O governador foi muito claro com os parlamentares de que isso é uma espécie de empréstimo. Se a bancada autorizar o remanejamento para custeio, no momento de se equipar o hospital, o Governo do Estado se compromete a repor o dinheiro”, afirmou Kleber.

Ele ainda pontuou que o objetivo do Estado é aproveitar o recurso que já está disponível, uma vez que o Executivo busca a quitação de um passivo com os hospitais regionais de R$ 162 milhões. Desse total, cerca de R$ 80 milhões já foram repassados às unidades de saúde.

“Se quitarmos esse passivo, a tendência é de que não haja mais atrasos no futuro e, com isso, não existirá o risco de fechamento de hospitais regionais por atraso nos repasses”, explicou.

Kleber Lima, ao contrário do governador, nominou os parlamentares que estariam fazendo oposição ao remanejamento da emenda para a saúde.

“É absurda a crítica do Valtenir [Pereira (PSB), deputado federal] e outros, como o senador Wellington Fagundes (PR), de que o Governo não devolverá o dinheiro. Isso é uma mentira deslavada, de quem não conhece a realidade da Saúde de Mato Grosso, ou que não tem o compromisso de resolver o problema e, sim, fazer exploração política barata de um assunto tão importante”, apontou o secretário de Comunicação.

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