FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
O governador Pedro Taques (PSDB) considerou "absurdo" o pedido de prisão do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Benedito Siqueira Júnior, feito pelo promotor Adriano Roberto Alves, contra por descumprimento de medida judicial para a interdição de uma cadeia em Primavera do Leste (a 240 de Cuiabá).
“No meu entender, o pedido de prisão é um absurdo”, disse. Ele afirmou que respeita a decisão do promotor, mas argumentou que a Procuradoria Geral do Estado já tomou as providências necessárias para resolver o problema.
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O pedido de prisão foi expedido pelo fato de Siqueira não ter cumprido uma decisão sobre fechamento da unidade prisional, em razão da superlotação e da transferência dos presos.
A decisão foi expedida pelo juiz Alexandre Delicato, no dia 30 de novembro de 2016, e ainda determinava a aplicação de uma multa de R$ 5 mil por dia que a cadeia permanecesse aberta.
Um levantamento do MPE apontou que a capacidade de presos por cela estava totalmente ultrapassada e que eles estariam vivendo em condições consideradas desumanas.
A unidade deveria ter, no máximo, 60 detentos, mas na inspeção foram detectados mais de 180 - ou seja, o triplo da capacidade máxima.
Segundo o MPE, também foi detectado que haveria membros de facções criminosas encarcerados na unidade superlotada, fato que poderia desencadear uma rebelião de grandes proporções, como a que matou mais de 80 presos no Norte do país.
Porém, a Sejudh alegou que foi informada, por meio do setor de inteligência, do caso, mas que “está sendo monitorada, a todo tempo, a movimentação dos detentos”.
O coronel Siqueira assumiu recentemente a Sejudh, no lugar de Marcio Dorileo.
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Alaércio Bicego 24/01/2017
Se tem 180 detentos dentro é porque cabem 180. Temos que se preocupar com a população de bem que tem que ficar encarcerada dentro de casa pois se sair pra rua corre o risco de ser assaltada, morta ou algo pior.
LULA 23/01/2017
PAIS DE MERDA
Alberto 23/01/2017
É engraçado este país! O trabalhador honesto pode conviver com os pronto socorros superlotados, enfrentar ônibus com 3 vezes mais da sua capacidade e os marginais, que destruíram famílias e formam facções criminosas nas penitenciárias, têm que estar em suas selas com todo conforto, além de muitas regalias, que o trabalhador não tem. É uma total inversão de valores. Que vergonha!
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