CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) prestou depoimento na sede Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá, na última quarta-feira (5).
A informação foi confirmada ao , pelo advogado Délio Lins, que faz a assessoria jurídica de Silval, que está em prisão domiciliar. A juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, autorizou a saída dele conforme publicado no Diário Oficial de Justiça do dia 4 para ir à PF e às Promotorias Reunidas da Capital.
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Silval cumpre prisão domiciliar desde junho deste ano – após um ano e nove meses preso no Centro de Custódia da Capital (CCC). Ele foi solto a partir de acordo com a Justiça após confissão de crimes de corrupção e ressarcimento de valores.
O advogado argumentou que o motivo do depoinento à Polícia Federal não pode ser revelado, porque o processo corre em segredo de Justiça. Segundo apurou o o depoimento seria no âmbito da Operação Ararath, deflagrada em 2014.
A Ararath apura pagamentos por parte do Governo de Mato Grosso em desacordo com as determinações legais, para empreiteiras, além do desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários através a utilização de instituição financeira clandestina - fraude contra o sistema financeiro
Diante do fato, reacende os rumores sobre a possibilidade de que o ex-governador possa estar articulando a delação premiada e que nova operação de combate à corrupção possa ocorrer a qualquer momento, revelando outros personages que ainda não foram alvos de ações da Polícia Civil ou da Polícia Federal.
Recentemente, o ex-secretário da Casa Civil do Estado, Pedro Jamil Nadaf, homologou acordo de delação premiada junto à Procuradoria Geral da República.
A Ararath apura pagamentos por parte do Governo de Mato Grosso em desacordo com as determinações legais, para empreiteiras, além do desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários através a utilização de instituição financeira clandestina - fraude contra o sistema financeiro.
A análise de documentos apontaram a utilização de complexas medidas de "engenharia financeira" praticadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Governo em nítida violação à ordem cronológica e determinações legais.
Entre os políticos citados nas fases anteriores da operação e nos vários inquéritos da Operação Ararath estão: o ex-deputado José Riva, o deputado estadual Mauro Savi (PR), o conselheiro afastado do TCE, Sérgio Ricardo (PR), o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes e os ex-conselheiros Alencar Soares e Humberto Bosaipo.
PRESO EM CASA
A prisão domiciliar de Silval Barbosa foi concedida mediante pagamento de fiança na ordem de R$ 46 milhões, por meio de entrega de bens.
No total Silval concedeu cinco imóveis para totalizar este valor. Monitorado por tornozeleira eletrônica, o ex-governador só pode sair de casa com autorização judicial. Silval deve depor à Justiça nos dias 17 e 20 de julho.