facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

19 de Junho de 2020, 17h:00 - A | A

PODERES / AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Secretário de Saúde de Cuiabá diz que lockdown não é o melhor caminho neste momento

Em frente ao Fórum de Várzea Grande, Luiz Antônio Possas de Carvalho falou sobre os caminhos para o enfrentamento à covid-19 e apontou a causa da superlotação das unidades de saúde no início da tarde desta sexta-feira (19).

MÁRIO ANDREAZZA
DA REDAÇÃO



O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, disse na tarde dessa sexta-feira (19) em frente ao Fórum de Várzea Grande, pouco antes da audiência de conciliação com o Ministério Público (MPE), marcada pelo juiz da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande, José Luiz Lindote, que não acredita que o lockdown (fechamento compulsório do comércio municipal) seja o melhor caminho nesse momento para as duas maiores cidades de Mato Grosso.

Nessa audiência participam além do secretário de Saúde da Capital, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), técnicos do Comitê Municipal de Enfrentamento ao novo Coronavírus, a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), e o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, representando o governador Mauro Mendes.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Possas ressaltou que apesar de não ser a favor do lockdown, fechar alguns setores não essenciais seria relevante nesse momento para diminuir a proliferação do novo coronavírus. Para o secretário o melhor caminho é a discussão entre as autoridades e a análise do estudo epidemiológico levado para a audiência para todos juntos chegarem num senso comum.

“Nessa audiência, vamos chegar a um denominador comum, para ver se decretamos ou não o lockdown. Não acredito que esse seja o melhor caminho agora para as duas cidades, mas, sim, fechar alguns setores que não são essenciais e que estão efetivamente causando os problemas de controle de sanitário. Então acho que o melhor caminho é esse, conversar, ver com o Ministério Público, trouxemos todo nosso estudo epidemiológico e também a relação de quais setores que estão ocasionando maior descontrole e os que obedecem a biossegurança. [...] não seria salutar hoje você fechar setor que abriu há uma semana, mas caberá ao judiciário decidir sobre isso, depois de colocar os motivos e as posições tanto de Cuiabá como de Várzea Grande” explicou Carvalho.

Outra posição importante do secretário foi o fato de atribuir aos municípios do interior à lotação das unidades de saúde, principalmente UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) da Capital, quando deixou claro que enquanto “Cuiabá e Várzea Grande estavam fazendo seu dever de casa e dando o sacrifício à população”, algumas cidades continuaram funcionando normalmente e agora pacientes ‘de fora’ estão saturando os hospitais.

“Mato Grosso deixou algumas cidades em aberto, enquanto estávamos fazendo dever de casa, dando um sacrífico à população e ao setor econômico, e algumas cidades ficaram liberadas e agora estão causando à grande Cuiabá toda essa lotação, toda essa saturação do sistema das UTIs”, relatou o secretário de saúde.

Possas finaliza comunicando que a partir de quarta ou quinta-feira da próxima semana 20 novos leitos de UTI serão abertos nas unidades de saúde de Cuiabá, ainda com a possibilidade de outras 10 vagas, caso o governador Mauro Mendes cumpra com o acordo e repasse mais 10 respiradores para a Capital, fechando 30 novas vagas de UTI, o que segundo Carvalho “já daria uma desafogada, uma melhorada no panorama (da saúde) que está tão apreensivo nesse momento”.

Comente esta notícia