CAMILLA ZENI
DAFFINY DELGADO
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB), disse não acreditar que o governo estadual tenha interferido no requerimento de investigação do preço do gás de cozinha. No entanto, ele não escondeu que não considera a investigação relevante.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Gás foi proposta pelo deputado Gilberto Cattani (PSL), que chegou a conseguir as 16 assinaturas necessárias para o pedido de abertura da CPI. No entanto, nesta semana, dois deputados retiraram o apoio à proposta.
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Um dos que voltou atrás foi o deputado Romoaldo Júnior (MDB), que alegou que o líder do governo, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), teria orientado a retirada da assinatura. Ele disse, ainda, que, na sua visão, a situação sobre o preço do gás de cozinha já tinha sido esclarecida pelo governo estadual.
“Eu acredito que não exista nenhuma articulação nesse sentido”, rebateu o deputado Max Russi, nesta terça-feira (31).
Russi destacou que, atualmente, a Assembleia já conta com três CPIs em andamento e afirmou que este é o limite, segundo regimento interno. Ele defendeu que as investigações sejam encerradas para que, só então, novas CPIs sejam propostas. “A CPI não é só abrir. Ela tem que avançar, ter resultados propositivos, punitivos e é isso que vimos defendendo dentro do parlamento”, disse.
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O deputado também afirmou que não conseguir o número mínimo de assinaturas necessárias para a abertura da CPI não significa enterrar a possibilidade de investigação sobre o caso. Ele ponderou que Cattani poderia continuar buscando apoio para que, quando houver “vaga”, a investigação aconteça. No entanto, não conseguiu esconder o descontentamento com o assunto.
“O debate que prevalece no parlamento é a maioria, no mínimo 16 deputados. Tem que ser um objeto que valha a pena a Assembleia abrir. Tem que ter indícios para que possa acontecer essa CPI ou qualquer outra”, comentou.
O descontentamento do deputado já era comentado nos bastidores, onde a conversa é de que Russi também tem o entendimento de que o assunto do preço do gás de cozinha já deveria ter sido superado.
Preço do gás
O assunto está em pauta desde o início de agosto, quando a Petrobras anunciou aumento no valor do gás para as distribuidoras.. Depois, quando esteve em Cuiabá, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), empurrou a culpa do alto custo para o governo estadual, alegando se tratar da impostos. Em Mato Grosso, o produto custa, em média, R$ 130.
Apesar das afirmações do presidente, de acordo com a Petrobrás, o preço do GLP é formado por 48% do custo da estatal, 12% pelo ICMS aplicado em Mato Grosso e 40% pelo custo da distribuição e da venda. O governo federal não aplica impostos federais sobre o produto.
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Camarada 06/09/2021
Isso e imposto do governo de MT que aumenta os impostos dia a dia, estamos fudido gurizada com esse Governo.
1 comentários